Para Pelé, a morte de mais um operário é “normal”

O antigo internacional brasileiro e um dos melhores futebolistas de todos os tempos voltou a produzir afirmações controversas sobre o Mundial 2014.

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As afirmações de Pelé voltaram a causar polémica Maddie Meyer/AFP

A morte de Fábio Hamilton, de 23 anos, durante a construção da Arena Corinthians, palco da abertura do Campeonato do Mundo de futebol, a 12 de Junho, oitava morte relacionada com as obras do Mundial 2014, é algo “normal” para Pelé. O ex-jogador admitiu que a sua principal preocupação é o “caos” existente nos aeroportos do país, quando faltam apenas dois meses para o início da competição.

As afirmações do antigo avançado da selecção "canarinha" foram feitas durante o lançamento de uma colecção de diamantes, produzida com base nos seus próprios fios de cabelo e que fazem referência a cada um dos 1283 golos marcados ao longo da carreira.

Pelé afirmou ainda que existe uma grande intranquilidade nos outros países em relação às condições de segurança existentes no campeonato do mundo, particularmente, devido às “manifestações, assaltos e mortes” ocorridas no Rio de Janeiro. “Os estrangeiros querem saber se há perigo”, sublinhou.

O tricampeão mundial pela selecção lamentou que a Copa das Confederações, de 2013, o Mundial e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de 2016, não tenham sido preparados de forma a “potenciar o crescimento do Brasil enquanto país”. De acordo com Pelé, o governo brasileiro “esqueceu-se que as competições podiam abrir as portas aos turistas” e, por isso, “desperdiçou a oportunidade”.

 

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