Nelson Évora 6.º na final do triplo salto
As esperanças de uma medalha portuguesa nos Europeus de atletismo em Zurique são cada vez mais reduzidas.
Nesta quinta-feira, Nelson Évora disputou a final do triplo salto mas, e de acordo com o que sempre foi perspectivando, não esteve na luta pelo pódio, e uma atleta que muito prometeu nas elminatórias dos 400m barreiras, Vera Barbosa, acabaria por ser eliminada nas meias-finais dessa discipilina. De manhã as marchadoras fizeram bem melhor do que os homens nos 20km, mas Ana Cabecinha teve de se contentar com o 6º lugar, enquanto Inês Heriques era 13ª.
Valeu pelo positiva a passagem à final dos dos varistas portugueses, Diogo Ferreira e Edi Maia, ao saltarem ambos 5,50m, mas estes, pese embora a sua qualidae, não são previstos para diputar o pódio. Pelo menos por enquanto.
Valha a verdade que o facto de Nelson Evora não ter estado perto do pódio tem lógica, dada a maneira como a prova começou. Num ano em que o triplo salto europeu tem estado francamente em baixo, ninguém contaria com o facto de um não favorito, para mais, pudesse chegar aos 17,46m. Mas foi o que fez o francês Benjamin Compaoré, e esse salto, que constituiu de longe o melhor da sua carreira, assombrou todo o resto da prova. Só os russos reagiram um pouco, Lyukman Adams, o campeão mundial de pista coberta em Março passado para 17,09m, e Aleksey Fedorov para 17,04m, e nada mais se passou no topo. Ou quase, já que Compaoré fez ainda um segundo salto a 17,18m, que daria só por si para também ganhar, e depois sentou-se literalmente a ver a prova, prescindindo dos quatro ensaios finais.
Neste contexto, Nelson Évora abriu com um salto a 16,63m, ficando pouco depois no sexto lugar que lhe haveria de caber até ao fim, mesmo melhorando no ensaio imediato para 16,78m. Ainda marcou 16,67s à terceira tentativa, 16,55m à quinta e 16,67m na última . Não deu para mais, mas do lado positivo fica aquilo que no fundo era o mais importamte, o não se ter ressentido das duras lesões na perna que o têm afectado, num contexto de grandes campeonatos.
Quanto a Vera Barbosa, a sua corrida de 400m barreiras foi tudo menos inspirada e ela fez muito pior do que na eliminatória, com 56,33s para o quinto lugar na primeira na meia final, e isso já não lhe pôde proporcionar a respescagem.
Ana Cabecinha, por seu lado, aguentou-se até à derradeira légua num grupo de sete atletas na frente, mas os ataques das candidatas acabaram por fazê-la descolar e já não pôde não pode entrar na discussão pelo pódio. Acabou com 1h28m40s, a menos de um minuto do seu recorde nacional, Inês Henriques, por seu lado fez 1h31m32s, numa prova ganha pela russa Elmira Alembekova com 1h27,56s, graças a uma segunda metade de competição dois minutos mais rápida que a primeira e com a recém coroada campeã mundial júnior checa Anezhka Drahotova num sensacional terceiro posto.
O dia foi marcado por várias finais que, mesmo não proporcionando resultados de primeira grandeza, foram emocionantes. No salto com vara feminino a russa Anzhelika Sidorova, ao passar 5,65m - única a fazê-lo – no terceiro esaio “roubou” o título à grega Ekaterini Stafanidi, que passou a segunda, e relegou a alemã Lisa Ryzhi para fora do pódio.
Nos 110m barreiras a final mostrou que não há invencíveis. Todo o favoritismo ia para o francês Pascal Martinot-Lagarde, que este ano já correra em 12,95s, mas este comteu demasidos erros e permitiu ao russo Sergey Shubenkov (13,19s) a renovaçãoo do título de há dois anos. Lagarde teria mesmo ficado fora do pódio, em quarto, se entretanto o eu compatrioa Dimitri Bascou, terceiro na meta, não tem sido desqualificado.
Regressada de maternidade no fim do ano passado, a recordista mundial do dardo checa Barbora Spotakova venceu esta discplina, ultrapassando in-extremis num quinto ensaio frenético por 20 centímetro a sérvia Tatjana Jelaca, que entretanto batera o recorde nacional com 64,21m.