A Polónia é o adversário que se segue na campanha portuguesa do Euro 2016 e Fernando Santos atribui igual dose de favoristimos às duas selecções no encontro desta quinta-feira, em Marselha e não acredita que os polacos serão um adversário fácil.

"Não vou em cantilenas. Não há facilidade nenhuma. A Polónia é um adversário poderosíssimo", garantiu nesta quarta-feira o seleccionador nacional, esperando que este jogo seja mais parecido com o da Croácia do que em relação aos encontros da primeira fase: "Espero que seja mais parecida com a Croácia, que vá dividir o jogo. É uma equipa muito organizada, com velocidade, que tem tudo muito bem trabalhado e com qualidade individual. Não há favoritos para este jogo."

Sem adiantar grandes pormenores sobre se Raphael Guerreiro, André Gomes e João Moutinho estarão disponíveis para o jogo desta quinta-feira - "temos alguns casos clínicos, vamos aguardar até ao dia do jogo" -, Fernando Santos recordou a experiência que teve enquanto seleccionador da Grécia no jogo de abertura do Euro 2012 frente à selecção polaca - empate 1-1. "Resta quatro, cinco jogadores, três dos quais muito influentes. Houve um processo de crescimento e, pelo que nos deu a observar, o que esperamos não tem nada a ver com o que era há quatro anos. Ambas as equipas têm aqui o mesmo objectivo, seguir em frente. Só é possível estar aqui graças a força colectiva e talento individual", destacou o seleccionador.

Para não fugir à regra, a conferência de imprensa teve mais um par de perguntas sobre Crisitano Ronaldo e Fernando Santos diz que é natural que se fale tanto sobre o capitão da selecção portuguesa. "É um jogador que todos falam por algum motivo. Porque é um grande jogador, senão não falariamos. Há centenas de jogadores dos quais pouco falamos. A minha equipa sabe conviver com isto e ele também", diz o treinador portuguÊs, reconhecendo que nem sempre Ronaldo irá ter tanto espaço para tentar o golo: "Para nós era preferível que ele chutasse dez ou 15 vezes por jogo e marcasse 15 golos. Os adversários não o deixam fazer tudo bem."

Questionado sobre Renato Sanches e do seu impacto na equipa, o seleccionador português reconhece que o jovem médio do Bayern está a entrar aos poucos na equipa: "Devemos ser das poucas selecções que tem cinco jogadores da selecção sub-21 e um de sub-19. Há sempre o peso da responsabilidade, mas vai entrando no ritmo a cada jogo que passa. Só começou a vir à selecção nos dois jogos em Março. A mim, compete-me analisar e decidir o que pode dar à equipa."

O relvado do Velôdrome tem sido dado como em mau estado e Fernando Santos reconhece que isso pode prejudicar as duas selecções: "Acho que está melhor, não sei se a 100 por cento. Um relvado bom ajuda sempre, porque são duas equipas que jogam sempre com a bola no chão. Espero que esteja em condições."

Escolha aqui qual a equipa com que Portugal deve jogar contra a Polónia