Nada é igual ao ano passado após um terço do campeonato

Topo da tabela mudou por completo, só se mantém pontuação do líder. Benfica soma mais sete pontos do que no mesmo período da época passada, Sporting e FC Porto perderam cinco

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O Sporting era primeiro e agora ocupa a segunda posição DR

O campeonato prepara-se para entrar no segundo terço e falta pouco mais de uma semana para o aguardado derby na Luz. O retrato das 11 jornadas já cumpridas na I Liga mostra uma imagem consideravelmente diferente daquela que a competição tinha, na mesma altura, na temporada passada. No topo da classificação, o único elemento em comum é o 29: é o número de pontos do líder Benfica, os mesmos que o Sporting somava em 2015-16, quando comandava a tabela após 11 jornadas.

De uma época para a outra, os lugares da frente trocaram todos de dono. O Sporting era primeiro e agora ocupa a segunda posição. Segundo classificado após o primeiro terço do campeonato em 2015-16, o FC Porto surge actualmente fora do pódio, no quarto lugar. O Benfica saltou de terceiro para a liderança da classificação, e o Sp. Braga melhorou o quarto posto que ocupava por esta altura na temporada transacta, surgindo agora no terceiro lugar. É reflexo da melhoria pontual que estes dois emblemas conseguiram: os minhotos têm mais três pontos somados do que na época passada e os “encarnados” obtiveram mais sete – têm nove vitórias e dois empates, enquanto em 2015-16 chegaram a esta altura com sete triunfos, um empate e três derrotas. Em sentido contrário, tanto Sporting como FC Porto “perderam” cinco pontos em comparação com o primeiro terço do campeonato passado.

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A produção atacante dos primeiros classificados também oscilou, com o FC Porto a ser o único emblema com menos golos marcados relativamente à época 2015-16. Com Julen Lopetegui, os “dragões” tinham 23 golos marcados após 11 jornadas; já a equipa de Nuno Espírito Santo apontou 19 golos. O Sporting tem mais um golo marcado e o Benfica mais dois, mas quem mais melhorou foi o Sp. Braga: mais quatro golos marcados. Só que a equipa de José Peseiro também é aquela que mais golos sofre no top-4 da I Liga. Os minhotos concederam 11 golos (em 2015-16 completaram o primeiro terço do campeonato com apenas seis sofridos). Jorge Jesus viu o desempenho defensivo do Sporting piorar, com o dobro dos golos sofridos – cinco na época passada, dez agora – enquanto o FC Porto, que em 2015-16 tinha a melhor defesa do campeonato à 11.ª jornada, com apenas quatro golos sofridos, concedeu mais um.

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Influência portuguesa

Com mais dois golos marcados relativamente à temporada transacta, o Benfica conseguiu aumentar a sua produção atacante sem aquele que foi o melhor marcador do campeonato em 2015-16. Jonas tem sido baixa prolongada nos “encarnados”, tendo até ao momento cumprido apenas 89 minutos na I Liga, sem qualquer golo marcado – há um ano já tinha oito na conta pessoal. A falta do goleador brasileiro foi colmatada por um aumento dos golos marcados por portugueses: na época passada houve cinco no primeiro terço do campeonato, agora são oito distribuídos por Pizzi (cinco), André Horta, Gonçalo Guedes e Nélson Semedo (um cada).

Tal como os “encarnados”, FC Porto e Sp. Braga também viram crescer a influência dos marcadores portugueses. O aumento foi notável no caso dos “dragões (de três para 11 golos) e mais ainda para o Sp. Braga (seis para 16). O Sporting foi a única equipa nos primeiros lugares da classificação a ver diminuir o número de golos marcados por portugueses: apenas três neste primeiro terço de campeonato, metade do que se verificava há um ano.

O Benfica parte para o segundo terço da I Liga com um acumulado de 19 cartões amarelos e ainda não registou qualquer expulsão. Na época passada, por esta altura, a equipa de Rui Vitória tinha 24 amarelos. Na perseguição aos “encarnados”, o Sporting tem sido o mais castigado em termos disciplinares: 31 amarelos e um vermelho (contra os 22 amarelos e dois vermelhos do primeiro terço de 2015-16). O FC Porto melhorou neste registo, passando de 28 amarelos e um vermelho para 18 amarelos e um vermelho.

Nas restantes equipas do campeonato há exemplos de quem se destaque pela positiva e pela negativa. O Vitória de Guimarães é um caso de melhoria nítida: a equipa de Pedro Martins acompanha o líder Benfica no crescimento pontual, com mais sete pontos relativamente à temporada passada, o que vale aos vimaranenses o quinto posto da classificação. E o número de golos marcados no primeiro terço do campeonato mais do duplicou, passando de nove em 2015-16 para 20 em 2016-17 – mas nenhum deles foi marcado por portugueses, contra os cinco no mesmo período da época passada.

De regresso ao primeiro escalão, o Desportivo de Chaves tem 15 pontos somados que dão uma posição tranquila à equipa orientada por Jorge Simão. E o Tondela, que no ano passado nesta altura era último com apenas cinco pontos, tem agora nove e está fora dos lugares de despromoção.

Com apenas seis golos marcados (há um ano tinha 15), o Marítimo consegue igualar o nono lugar que ocupava em 2015-16 graças à solidez defensiva (passou de 19 golos sofridos para nove). E melhorou significativamente em termos disciplinares, com apenas 20 cartões amarelos – no primeiro terço do campeonato passado já tinha 42 amarelos e dez vermelhos.

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