Moreirense e Sp. Braga deixam fugir primeiros pontos na Liga

“Cónegos” e “arsenalistas” protagonizaram jogo combativo, mas foram incapazes de encontrar o caminho da baliza (0-0).

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Miguel Riopa/AFP

No lançamento do encontro entre Moreirense e Sp. Braga, Sérgio Conceição, treinador dos “arsenalistas”, tinha alertado para o facto de os conjuntos orientados por Miguel Leal serem, regra geral, equipas “agressivas e pragmáticas”. E não se enganou. Ao técnico dos bracarenses faltou, no entanto, garantir que a sua equipa teria o rasgo necessário para furar a defensiva dos “cónegos”. Num encontro disputado, mas com poucas ocasiões, até foi a equipa recém-promovida ao escalão principal a andar mais perto da baliza contrária, mas nunca com eficácia que lhe permitisse desbloquear o nulo inicial.

Os "cónegos" entraram mais fortes no encontro e João Pedro, que chegou no início da época a Moreira de Cónegos, por empréstimo do Sp. Braga, foi o primeiro a dar o aviso, quando, logo aos 3’, desferiu um remate que rasou o poste da baliza de Kritciuk (voltou a tentar aos 26’, mas o guardião russo defendeu para canto). Só que até foi um corte de André Pinto, aos 13’, a causar maior “frisson” ao último reduto dos “arsenalistas” — o esférico ressaltou em Alex e saiu ligeiramente ao lado.  

Os bracarenses demoraram muito tempo a reagir à boa entrada do adversário e, só aos 35’, um remate de Pedro Tiba, que saiu ao lado, pôs em alerta a defesa adversária. Em cima do intervalo, foi a vez de o internacional Éder tentar a sorte, mas o remate foi travado por Marafona.

Porém, a fome de golo demonstrada pela equipa de Sérgio Conceição nos derradeiros minutos do primeiro período rapidamente se esgotou, e, no reatamento, voltou a pertencer ao Moreirense a melhor oportunidade — aos 50’, Arsénio aparece em óptima posição para bater para o fundo das redes, mas é o criativo Rafa que surge para fazer o corte.

A partir daí, fosse por falta de inspiração ou por conformismo face ao resultado, nenhuma das duas equipas teve acutilância ofensiva suficiente para fugir à igualdade que se registava — a prová-lo, o facto de, daí em diante, a melhor ocasião do encontro ter surgido na sequência de um lance de bola parada. Pedro Santos bateu o livre, do lado direito do ataque arsenalista, mas o esférico esbarrou na trave da baliza defendida por Marafona.

Sem espanto, o apito final do árbitro Bruno Paixão surgiu sem que nenhum dos conjuntos tivesse sido capaz de encontrar o caminho da baliza, um resultado justo para duas equipas que foram sempre muito combativas, mas que acusaram clara falta de inspiração quando conseguiram chegar ao último terço do terreno.

As duas formações somam agora quatro pontos, depois de terem ambas vencido na jornada inaugural da Liga (o Moreirense bateu o Nacional e o Sp. Braga impôs-se ao Boavista).

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