Miguel Oliveira vence pela segunda vez em Moto3

Piloto português triunfou na Holanda e aproximou-se do segundo lugar no Mundial de Moto3. Rossi foi o mais forte em MotoGP.

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Miguel Oliveira festeja no pódio Michael Kooren/Reuters

Não começou da melhor forma a época, mas Miguel Oliveira já entrou nos carris. Depois do triunfo em Mugello, Itália, na sexta prova da temporada, o piloto da KTM repetiu neste sábado a proeza na Holanda. Em Assen, o português esperou pelo momento certo para atacar, na última volta, e está agora muito perto do segundo lugar no Mundial de Moto3.

Foi um Grande Prémio intenso, com sete pilotos a discutirem o triunfo até ao fim. Oliveira teve quase sempre a companhia de Fabio Quartararo (Honda) e Danny Kent (Honda), segundo e terceiro classificados, mas também de Romano Fenati, Enea Bastianini, Jorge Navarro e Brad Binder. Paciente, o piloto de Almada acertou em cheio na estratégia, fechou as 22 voltas em e 37m54,427s e colheu os louros pela segunda vez na carreira.

“A corrida correu-me bastante bem. Obviamente que a estratégia foi muito importante nas últimas voltas, percebi que tinha de estar em segundo ou em terceiro para poder ter uma chance de lutar pela vitória, consegui colocar-me bem na última volta, ultrapassar o Fabio Quartararo e, na última travagem, defender a minha linha”, resumiu Miguel Oliveira, em declarações à agência Lusa.

Graças a esta vitória, o piloto da KTM ascendeu ao terceiro lugar do Campeonato do Mundo com 102 pontos, menos seis do que o segundo e menos 63 do que o líder.

“O objectivo vai sempre lutar pela vitória no campeonato. Devemos ter a mentalidade para lutar para ganhar corrida a corrida, tentar fazer o máximo possível em cada prova. Vai ser uma luta interessante. Vamos tentar dar a volta ao campeonato, mas é preciso acontecer um azar grande ao Danny”, sublinhou.

No caso de Marc Márquez (Honda), não foi apenas de azar que foi polvilhado o final da corrida de MotoGP. O empolgante duelo que travou com Valentino Rossi (Yamaha) terminou com uma ligeira colisão na última curva, que acabou por favorecer o italiano e contribuir decisivamente para o 111.º triunfo da sua carreira, o terceiro nesta época.

Rossi saiu da pole position para liderar a prova até sete voltas do final, altura em Márquez saltou para a dianteira. O italiano manteve-se na perseguição e retomou o primeiro lugar com três voltas por cumprir. Já na última curva, o actual bicampeão do mundo arriscou e deu-se um ligeiro contacto entre as duas motas, com Il Dottore a cortar a trajectória sobre a gravilha e a retomar o contacto com a pista mais à frente, assegurando o triunfo. “Creio que ninguém queria o contacto, mas eu fiz uma curva perfeita”, argumentou Márquez. “O toque dele empurrou-me para fora e não tive alternativa”, respondeu o líder do Mundial, agora com 10 pontos de vantagem sobre Jorge Lorenzo.

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