Lucro do FC Porto-SAD caiu 28% no primeiro trimestre

"Dragões" registaram uma diminuição de 17,8 milhões de euros para 13,6 milhões neste período.

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Campeonato estreia-se no Estádio do Dragão no domingo, dia 25 de Agosto Nélson Garrido/PÚBLICO (arquivo)

O lucro consolidado do FC Porto - Futebol, SAD caiu 28% no primeiro trimestre do exercício de 2015-16, face ao período homólogo da época anterior, somando 9,6 milhões de euros. Num comunicado enviado nesta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os "dragões" reportam uma quebra de quase quatro milhões de euros nos proveitos operacionais (excluindo proveitos com passes de jogadores).

O clube atribui a quebra "à diminuição das receitas de participação na UEFA Champions League, dado o prémio de participação na edição de 2015/16 ter sido contabilizado nas contas de 2014/15, quando o acesso foi garantido".

As rubricas relacionadas com passes de jogadores, que têm sempre um peso considerável, apresentam um saldo de 19,6 milhões de euros, um valor semelhante ao obtido no período homólogo. A contribuir para este valor destaca-se a alienação dos direitos desportivos do atleta brasileiro Alex Sandro para a Juventus, por 26 milhões de euros.

Os resultados operacionais do FC Porto registam uma diminuição de 17,8 milhões de euros para 13,6 milhões de euros. Em 30 de setembro de 2015, o capital do grupo atingiu os 93,4 milhões de euros, o que, de acordo com o comunicado, "reflecte uma estrutura patrimonial robusta", tendo contribuído para este valor a incorporação do resultado líquido obtido no período (10,3 milhões de euros).

O activo líquido cresceu 52,4 milhões de euros, face a 30 de Junho de 2015, atingindo um montante global de 411,7 milhões de euros, fundamentalmente pelo aumento do valor contabilístico do plantel. O passivo total do FC Porto - Futebol, SAD cresceu neste período 42,1 milhões de euros, situando-se agora nos 318,2 milhões de euros.

O FC Porto chama especial atenção para o facto de os resultados apresentados serem intermédios e não se poder daqui retirar ilações conclusivas sobre a evolução do seu comportamento económico-financeiro ou de estimativa de fecho das contas anuais. "São os resultados com transacções de passes de jogadores os que mais contribuem para a desproporcionalidade entre trimestres, ficando os resultados obtidos em cada período muito dependentes de a sociedade efectuar, ou não, vendas de direitos desportivos de jogadores".

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