Lopetegui tarda em estabilizar em vésperas do clássico de Alvalade

A revolução que o treinador espanhol está a protagonizar no FC Porto tem implicado muitas mexidas no “onze”, em contraste com os seus dois principais adversários.

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Lopetegui continua a fazer muitas experiências no "onze" do FC Porto Rafael Marchante/Reuters (arquivo)

Foi com sete reforços chegados esta temporada que o FC Porto iniciou a recepção ao Boavista, no último domingo (0-0). Em vésperas do clássico de Alvalade, Jules Lopetegui tarda em estabilizar o “onze” titular dos “dragões”, onde já rodaram 20 jogadores nas cinco primeiras rondas da Liga, metade dos quais caras novas no plantel. Já o Sporting tem sido bem mais comedido na promoção de novos protagonistas. Apenas dois, Naby Sarr e Nani, estão entre as escolhas prioritárias do técnico Marco Silva até ao momento no campeonato.

Foi com sete reforços chegados esta temporada que o FC Porto iniciou a recepção ao Boavista, no último domingo (0-0). Em vésperas do clássico de Alvalade, Julen Lopetegui tarda em estabilizar o “onze” titular dos “dragões”, onde já rodaram 20 jogadores nas cinco primeiras rondas da Liga, metade dos quais caras novas no plantel. Já o Sporting tem sido bem mais comedido na promoção de novos protagonistas. Apenas dois, Naby Sarr e Nani, estão entre as escolhas prioritárias do técnico Marco Silva até ao momento no campeonato.

Depois de cinco jogos disputados na principal prova nacional, apenas dois jogadores portistas são totalistas entre os titulares do técnico espanhol: Maicon e Jackson Martínez. E o primeiro, já se sabe, não irá defrontar os “leões” esta sexta-feira, depois de ter sido expulso na partida com os “axadrezados”. Já do lado sportinguista, são quatro os atletas que marcaram presença em todos os “onzes”: Rui Patrício, Maurício, Naby Sarr e Adrien Silva.

Mas outros cinco “leões” contabilizam quatro partidas disputadas: Jefferson — que cumpriu um jogo de castigo no último encontro com o Gil Vivente, em Barcelos (4-0) —, William Carvalho — castigado na segunda jornada —, André Martins, Nani — que chegou a Alvalade já depois da primeira jornada — e Carrillo. Estes nove jogadores têm constituído a espinha dorsal da equipa de Marco Silva, onde também Cédric (que esteve lesionado) e Slimani (que conquistou o lugar a Montero na frente atacante a partir da terceira ronda) terão lugar cativo nos próximos compromissos.

Já entre os “dragões”, depois dos “totalistas” Maicon e Jackson, seguem-se com quatro partidas o guarda-redes Fabiano (que perdeu a titularidade das redes portistas para o espanhol Andrés Fernández no jogo com o Boavista), Danilo, Martins Indi, Rúben Neves e Brahimi. A grande rotatividade nas equipas escaladas por Lopetegui tem sido regra neste arranque de temporada, com o técnico a promover, em média, 4,5 alterações entre cada partida do campeonato. A fartura de opções e de qualidade no plantel servirão também para justificar muitas das “experiências” do espanhol.

Este não será, de todo, o caso do Sporting, onde se optou por manter os principais jogadores da última temporada, que garantiram o vice-campeonato e o acesso directo à Liga dos Campeões. A saída do defesa central Rojo para o Manchester United acabou por justificar a única alteração na linha defensiva leonina, abrindo uma vaga que foi ocupada, até ao momento, por Sarr. Já Nani conquistou um lugar no “onze” à concorrência pela sua inegável qualidade e mais-valia para a equipa.

De resto, os lisboetas mantiveram-se fiéis à prata da casa da última época e Marco Silva tem privilegiado a estabilidade entre os seus titulares, com uma média de 2,3 mexidas por jogo e tendo repetido o mesmo “onze” na terceira e quarta jornadas. Foi o único dos três “grandes” do futebol português a fazê-lo, mas mesmo assim não supera o Benfica em matéria de constância na equipa.

Jorge Jesus foi o treinador que encontrou mais rapidamente o seu “onze” tipo esta temporada, com alterações cirúrgicas e muito pontuais nas equipas que tem escalado para o campeonato. Só por uma vez o técnico “encarnado” promoveu mais do que uma alteração entre duas partidas (tem uma média de 1,3 alterações por jogo, tendo oferecido a titularidade a apenas 15 jogadores), com duas mudanças, uma das quais obrigatória face à lesão de Rúben Amorim. Eliseu e Talisca foram inicialmente os únicos reforços desta época com entrada directa para a titularidade, com Samaris (nos últimos dois jogos) e Júlio César (na derradeira partida) a juntarem-se às primeiras opções. Uma gestão que, para já, está a dar frutos com a equipa a liderar o campeonato, podendo aumentar a vantagem para os seus dois principais rivais que se enfrentam em Alvalade.     

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