Kyrgios é o líder da nova vaga em Roland Garros

Australiano bateu Denis Istomin em três sets. Kokkinakis, Coric e Thiem também seguem em frente

Foto
Nick Kyrgios foi a figura do dia em Wimbledon Suzanne Plunkett/Reuters

Há um ano, Nick Kyrgios, então 160.º no ranking, precisou de um wild-card para entrar no quadro principal de Roland Garros. Doze meses depois, o jovem australiano surge como cabeça de série, graças ao 30.º lugar que ocupa na hierarquia mundial. Para quem, pelo meio, já derrotou Rafael Nadal (no Verão passado, em Wimbledon) e Roger Federer (há poucas semanas, em Madrid), é uma situação normal.

“Normal? Estou num Grand Slam com 20 anos. Nenhuma pessoa normal consegue isso”, frisou Kyrgios, realista, mas ao mesmo tempo bastante confiante para Roland Garros. Uma confiança que explodiu com a vitória sobre Federer. “Ganhei muita confiança com essa vitória, especialmente por ter sido em terra batida. Vai estar comigo o resto da minha vida. Defrontar o maior de sempre e ter sucesso é uma coisa que nunca esquecerei”, explicou o australiano que celebrou o 20.º aniversário durante o Millennium Estoril Open, no qual atingiu a final.

Nesta segunda-feira, Kyrgios estreou-se na prova derrotando o uzbeque Denis Istomin (77.º), por 6-3, 6-4 e 6-3. “Sinto que estou muito melhor fisicamente e pronto para competir durante cinco sets em terra batida”, explicou Kyrgios que, para combater as saudades de casa, tem consigo em Paris alguns familiares, inclusive a mãe.

Também o amigo e compatriota Thanasi Kokkinakis (83.º) venceu nesta segunda-feira, eliminando o georgiano Nikoloz Basilashvili (160.º), por 3-6, 6-4, 7-6 (7/4) e 6-2. A vitória de Kokkinakis, um ano mais novo que Kyrgios, garante um australiano na terceira ronda, já que vai defrontar Bernard Tomic (28.º) - o mais promissor tenista australiano até ao aparecimento de Kyrgios e Kokkinakis.

Outro estreante em Roland Garros, o croata Borna Coric (53.º) venceu Sam Querrey (38.º), pelos parciais 7-6 (10/8), 6-3, 0-6 e 6-3. E o igualmente jovem, o austríaco Dominic Thiem (42.º), de 21 anos, afastou o agora britânico, Aljaz Bedene (75.º), por 6-3, 6-4, 6-7 (6/8) e 6-3.

Eliminado foi Gastão Elias (155.º), após um duelo de três horas com o francês Benoît Paire (71.º): 5-7, 6-3, 4-6, 6-4 e 6-2. “Ele é um jogador que joga sozinho, não tem plano de jogo. Arriscou praticamente em todas as bolas e isso fez diferença. Talvez tenha errado algumas bolas, mas isso faz parte”, resumiu Elias. No set decisivo, Paire beneficiou do apoio dos compatriotas que encheram o court n.º1 e assinou 14 dos 68 winners para fazer a diferença.

Andy Murray somou a 11.ª vitória consecutiva em terra batida ao ultrapassar, por 6-3, 6-3 e 6-1, o argentino Facundo Arguello, repescado do qualifying, após perder com Elias. O próximo adversário do britânico sairá do embate de terça-feira (10 horas), entre o canadiano Vasek Pospisil (53.º) e João Sousa (44.º).

No torneio feminino, Maria Sharapova saiu vaiada do court Philippe Chatrier por não ter realizado a habitual mini-entrevista no campo, para os adeptos. Mas a russa tem uma desculpa: está constipada e não quis forçar a voz. “A não ser que esteja no caixão, vou estar a competir”, assegurou a número dois do ranking, após eliminar Kaia Kanepi (49.ª), por 6-2, 6-4.

Apuradas para a segunda ronda ficaram também Victoria Azarenka e Sloane Stephens, que terminou com a 18.ª participação de Venus Williams: 7-6 (7/5), 6-1. Stephens e a já retirada Lindsay Davenport são as únicas tenistas dos EUA que alguma vez venceram ambas irmãs Williams em torneios do Grand Slam.

Sugerir correcção
Comentar