João Moutinho diz que a selecção tem que "esquecer o passado"

O médio considerou os regressos de Tiago e Ricardo Carvalho à selecção como benéficos.

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João Moutinho diz que não vale de nada olhar para o passado Francisco Leong/AFP

O médio João Moutinho afirmou nesta quarta-feira que a selecção portuguesa de futebol deve "esquecer o passado" e "agarrar o mais cedo possível" as ideias de Fernando Santos para garantir a qualificação para o Euro 2016.

Em conferência de imprensa, o jogador do Mónaco preferiu quase sempre "fugir" às perguntas sobre a saída do ex-selecionador Paulo Bento e frisou que, neste momento, só pensa em "ajudar Portugal" vencer o encontro particular frente à França e o duelo com a Dinamarca, do Grupo I de apuramento para o próximo Europeu.

"No futebol, todos sabem que, quando se perde, a culpa é do treinador, mas nós também temos a culpa. Agora, temos de pensar no futuro. Estamos numa nova fase, temos novo treinador, novos métodos e estamos focados. Não se pode mudar o passado, só o futuro", afirmou João Moutinho.

Na zona de Óbidos, na unidade hoteleira em que Portugal está a estagiar, o médio de 28 anos defendeu que falar na derrota (1-0) frente à Albânia, no arranque da fase de qualificação para o Euro 2016, "não vai ser servir de nada" e o que importa é "agarrar" as ideias do novo seleccionador, Fernando Santos.

"Só assim podemos entrar mais fortes em campo e ganhar. Sabemos que temos capacidade para ganhar à Dinamarca, mas temos de demonstrar isso dentro de campo", frisou.

Questionado sobre as palavras de Paulo Bento, que considerou João Moutinho como o jogador mais profissional e completo com quem trabalhou, o internacional luso agradeceu os elogios do ex-seleccionador, mas, mais uma vez, lembrou que só o futuro interessa.

"Tento ser o mais profissional possível com todos os treinadores e é sempre bom ouvir isso, mas temos de continuar em frente. Não devemos olhar para o passado, mas sim dar o nosso melhor no futuro", reafirmou.

João Moutinho elogiou ainda o "líder" Cristiano Ronaldo, lembrando que o avançado do Real Madrid é "um excelente capitão e um exemplo", e considerou que o regresso de jogadores como Ricardo Carvalho e Tiago é benéfico para a selecção.

"Vieram para dar o seu contributo, são jogadores de extrema qualidade e espero que nos possam ajudar com a sua experiência. É mistura boa para todos a irreverência da juventude e experiência e espero que possa dar frutos", disse.

De volta, passados quase três anos de ausência, está também Eliseu, que apontou o seu regresso a Portugal para actuar no Benfica como uma "factor muito importante" para poder ter a possibilidade de voltar a vestir a camisola das "quinas".

"Recebi a notícia com enorme orgulho. Não estava à espera. O estar a fazer bem no meu clube ajudou a esta chamada. Estou preparado se for chamado", afirmou o lateral-esquerdo.

Depois de ter vivido nos últimos anos os jogos de Portugal como "adepto", Eliseu pode regressar à selecção no último palco da sua última aparição, o Estádio Parken, em Copenhaga.

"Desde esse jogo nunca mais fui convocado. Paulo Bento nunca me explicou a razão, mas respeitei e continuei a trabalhar. Agora, espero voltar e, mesmo sabendo que será um jogo muito difícil, quero ajudar Portugal a ganhar", disse o jogador de 31 anos.

A selecção volta a realizar novo treino ainda hoje, às 17h, naquela que será a segunda sessão do dia, desta vez à porta fechada.

Portugal prepara o encontro particular frente à França, agendado para sábado em Paris, e o confronto três dias depois com a Dinamarca, em Copenhaga, do Grupo I de qualificação para o Euro 2016.

O jogo frente aos gauleses, no Estádio de França, será o primeiro de Fernando Santos no comando da selecção portuguesa.

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