Giro 2016 entre a planície holandesa e as decisões nos Alpes

Percurso total terá mais de 3.300 km e partida da Holanda, pela terceira vez na história da prova.

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Luk Benies/AFP

A Volta a Itália de 2016, que à semelhança da Volta a França vai arrancar na Holanda, ao nível do mar, deverá decidir-se a grande altitude, na fronteira franco-italiana, na véspera da chegada a Turim.

O percurso de 3.383 quilómetros, apesentado nesta segunda-feira em Milão, propõe duas passagens acima dos 2.700 metros nos dias imediatamente antes da última tirada, a 29 de Maio. Na 18.ª etapa, os corredores terão de subir ao Colle dell'Agnello (2.774m), o tecto deste Giro, antes de concluírem a etapa na estância francesa de Risou - e no dia seguinte enfrentam o Col de la Bonette (2.715m), ainda nos alpes franceses, na ligação a Sant'Anna de Vinadio.

Perante uma plateia em que figurava, entre outros, o espanhol Alberto Contador, vencedor da edição deste ano, a organização desvendou este final bem favorável aos trepadores, que a uma semana da chegada a Turim terão também um contra-relógio nas rampas do Alpe de Siusi (10,8 km), na 15.ª etapa.

A anteceder a crono-escalada, haverá outra grande etapa de montanha, nos Dolomitas, com o encadeamento das subidas de Pordoi, Sella, Gardena e Campolongo e as passagens no Giau e no Valparola.

Para compensar a montanha da 99.ª edição da "corsa rosa", haverá pouco contra-relógio. A 6 de Maio, o Giro começa em Apeldoorn, com um "crono" de 9,8 quilómetros, que servirá somente para estabelecer a hierarquia inicial, e tem um novo exercício solitário na nona etapa, num percurso de 40,4 km, por entre as vinhas de Chianti, na Toscânia, praticamente sem partes planas.

Após três dias na Holanda, que recebe a partida da Volta a Itália pela terceira vez, a caravana transfere-se de avião para a Calábria, no sul da península, e tem na primeira semana duas chegadas que podem alterar a ordem instalada: Roccaraso (6.ª etapa) e Arezzo (8.ª), esta antecedida pela ascensão do Alpe di Poti, que se conclui com seis quilómetros em terra.

Em resumo, a organização do Giro compôs esta edição com três contra-relógios, sete etapas propícias aos sprinters, sete de média montanha e quatro de alta montanha, com um desnível acumulado de 42.000 metros, mantendo a tradição recente de privilegiar percursos acidentados.

Etapas

6 Maio: 1.ª etapa, Apeldoorn (Holanda), 9,8 km (CR individual).
7 Maio: 2.ª etapa, Arnhem (Holanda) - Nijmegen (Holanda), 190 km.
8 Maio: 3.ª etapa, Nijmegen - Arnhem, 189 km.
9 Maio: dia de descanso.
10 Maio: 4.ª etapa, Catanzaro - Praia a Mare, 191 km.
11 Maio: 5.ª etapa, Praia a Mare - Benevento, 233 km.
12 Maio: 6.ª etapa, Ponte - Roccaraso, 165 km.
13 Maio: 7.ª etapa, Sulmona - Foligno, 210 km.
14 Maio: 8.ª etapa, Foligno - Arezzo, 169 km.
15 Maio: 9.ª etapa, Radda in Chianti - Greve in Chianti, 40,4 km (CR individual).
16 Maio: dia de descanso.
17 Maio: 10.ª etapa, Campi Bisenzio - Sestola, 216 km.
18 Maio: 11.ª etapa, Modena - Asolo, 212 km.
19 Maio: 12.ª etapa, Noale - Bibione, 168 km.
20 Maio: 13.ª etapa, Palmanova - Cividale del Friuli, 161 km.
21 Maio: 14.ª etapa, Alpago - Corvara, 210 km.
22 Maio: 15.ª etapa, Castelrotto - Alpe di Siusi, 10,8 km (CR individual).
23 Maio: dia de descanso.
24 Maio: 16.ª etapa, Bressanone - Andalo, 133 km.
25 Maio: 17.ª etapa, Molveno - Cassano d'Adda, 196 km.
26 Maio: 18.ª etapa, Muggiò - Pinerolo, 234 km.
27 Maio: 19.ª etapa, Pinerolo - Risoul (França), 161 km.
28 Maio: 20.ª etapa, Guillestre (França) - Sant'Anna di Vinadio, 134 km.
29 Maio: 21.ª etapa, Cuneo - Turim, 150 km.

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