Primeiro golo de Ghilas resolveu um enorme problema a Paulo Fonseca

Dezoito jogos depois, o avançado argelino estreou-se a marcar com a camisola portista, garantiu uma difícil vitória do FC Porto frente ao Estoril, por 2-1, e mais um confronto entre “dragões” e “águias”.

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Foto: Catarina Morais/NFactos
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Nenhum adepto do FC Porto terá saído do Estádio do Dragão convencido, mas Nabil Ghilas garantiu a Paulo Fonseca mais algum tempo para respirar. O avançado argelino, que ainda não tinha marcado nesta época, entrou a sete minutos do fim e, pouco depois, festejou o golo que garantiu aos portistas o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal. Apesar da derrota, por 1-2, o Estoril deixou uma excelente imagem e merecia, no mínimo, o prolongamento.

Depois de um mês turbulento q.b, com duas derrotas para digerir e alguns casos por explicar — o “administrativo” Otamendi está resolvido, o “clínico” Fernando nem por isso —, tudo o que Paulo Fonseca não precisava era de ter pela frente uma das equipas portuguesas mais corajosas. Marco Silva não escondeu que a instabilidade portista podia ser um trunfo a favor do Estoril e o jovem treinador não ficou à espera: perante uma evidente inoperância “azul e branca”, jogou para vencer.

E o FC Porto, com o futebol previsível dos últimos jogos, viu-se numa embrulhada. Com um meio-campo composto por Defour, Herrera e Carlos Eduardo, os “dragões” eram facilmente controlados e foi preciso esperar 14 minutos para surgir uma jogada de relativo perigo: Defour isolou Licá, mas o extremo não teve qualidade para controlar a bola.

O jogo, no entanto, estava nas mãos do Estoril. Com três setas apontadas à baliza de Fabiano (Carlitos, Balboa e Sebá), a equipa da Linha foi ganhando confiança e, aos 20’, uma falha de Reyes abriu uma auto-estrada a Sebá, mas o ex-portista rematou ao lado. Poucos segundos depois, Carlos Eduardo saiu lesionado (entrou Josué), mas o pior para Paulo Fonseca ainda estava por surgir: aos 27’, um passe de Yohan Tavares rasgou a defesa do FC Porto, Sebá simulou e Babanco, com classe, fez o chapéu a Fabiano. Sem surpresa, o Estoril colocava-se na frente. Da parte dos Super Dragões, surgiu uma faixa na bancada: “Será que estamos a ser Porto?”

A resposta não podia ser mais negativa e, nos 10 minutos seguintes, os portistas não fizeram um único remate à baliza de Vagner. A vantagem estorilista era merecida, mas a dois minutos do intervalo, sem fazer nada por isso, o FC Porto empatou: Vagner embrulhou-se com Jackson e Quaresma aproveitou para marcar.

O golo não tranquilizou os adeptos e os jogadores portistas, e o Estoril voltou a entrar melhor na segunda parte. O FC Porto continuava amorfo e sem soluções, mas com a entrada de Varela as coisas mudaram. Nos últimos 20 minutos, os portistas tomaram conta do jogo, o Estoril recuou e Paulo Fonseca acertou no jackpot: quatro minutos depois de entrar em campo, Ghilas marcou e agendou, para o final de Março, novo confronto entre o FC Porto e o Benfica. 
 

Notícia corrigida às 15h20, no segundo parágrafo, trocando a referência uma semana por um mês.

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