O Nacional derrotou no seu estádio o FC Porto, por 2-1, e reforçou o 5.º lugar na Liga e a candidatura a uma vaga na Liga Europa. Para os “dragões”, o apuramento directo para a Liga dos Campeões da próxima temporada ficou bastante comprometido, com o segundo lugar do Sporting já a oito pontos. A derrota no Funchal foi a sexta na prova do campeão, que contestou a arbitragem de João Capela e tem agora uma desvantagem para o líder Benfica de 15 pontos, os mesmos que ainda há em disputa.

A equipa de Luís Castro encontrou-se com um Nacional competente, ambicioso, mais forte fisicamente e que mostrou intenção de aproveitar os inúmeros erros defensivos do adversário. O rol de erros “azuis e brancos” incluiu um penálti falhado por Quaresma na segunda parte (59’, ao poste), com o resultado em 2-1.

O jogo foi marcado por alguns lances que vão alimentar discussão. Antes de centrar para o primeiro golo do Nacional, João Aurélio recebeu a bola em fora-de-jogo. O momento da grande penalidade favorável ao FC Porto deixou muitas dúvidas, com Quaresma a parecer forçar a queda. Mais tarde, João Capela anulou um golo a Jackson, por considerar carga do avançado sobre Marçal, com os portistas a contestarem a decisão.

O primeiro tempo foi dominado pelos homens de Manuel Machado, que não venciam para a Liga há seis jornadas. Limitados pelas muitas perdas de bola, os visitantes sofreram o primeiro golo aos 19’, numa jogada em que os locais chegaram num instante à área de Fabiano depois de recuperarem a bola. Candeias, antigo jogador portista — que, por isso, não festejou o golo —, colocou os madeirenses em vantagem, depois de controlar com o peito.

Quintero e Ghilas substituíram Defour e Licá ao intervalo e a mudança deu frutos imediatos. O colombiano colocou no argelino, este serviu Jackson e o ponta-de-lança, que aos 27’ apareceu isolado perante Gottardi, mas permitiu a defesa do guarda-redes, fez o 16.º golo na prova nos primeiros segundos da segunda metade. Mas o dia não da defesa portista evidenciou-se logo depois e Mario Rondón, que já tinha marcado no empate entre as duas equipas na primeira volta, fez o 2-1, aos 48’, servido por Candeias. Foi o nono golo do venezuelano no campeonato.

Depois disso, além do tal golo anulado, a melhor ocasião do FC Porto — que subiu de nível após o intervalo — neste período saiu dos pés do central Miguel Rodrigues, que quase fez um autogolo. No Nacional, destacou-se mais um lance de Candeias, mas Lucas João não chegou a tempo.

O jogo terminou com alguma confusão entre os jogadores, com Quaresma e Gomaa como protagonistas principais.