Eintracht Frankfurt aproveitou-se do pânico do FC Porto

"Dragões" empataram em casa (2-2) e vão ter de fazer melhor na Alemanha para seguirem em frente na Liga Europa.

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A tendência para a autodestruição que o FC Porto tem exibido nesta temporada entrou em acção em força quando parecia que tinha a vitória assegurada sobre o Eintracht Frankfurt e agora, para seguir em frente na Liga Europa, terá provavelmente de ir ganhar à Commerzbank Arena, onde o espera, a ver pelo que 5000 adeptos alemães fizeram no Estádio Dragão, um ambiente tão adverso como o resultado desta primeira mão dos 16 avos-de-final. O conjunto portuense estava a vencer 2-0 a 20 minutos do fim, mas permitiu o empate (2-2), mais por culpa própria do que por mérito do adversário, um osso duro de roer para um FC Porto sem solidez mental.

Caso tivesse vencido, o FC Porto teria conseguido o quarto triunfo seguido, o que seria a sua segunda melhor série de sucessos, só superada pelos seis com que abriu a temporada, mas os acontecimentos da partida ajudam a explicar a irregularidade dos seus resultados.

Empurrado por uma massa de adeptos que abafou o barulho do FC Porto e que fez muito para o jogo parecer o mais caseiro possível para os seus jogadores — além de criar distúrbios pela cidade —, o Eintracht Frankfurt conseguiu um empate com golos fora que pode desequilibrar as contas da eliminatória. O único sobrevivente da Alemanha na prova esteve contra as cordas antes de ser resgatado pela sua vontade, pois nunca deixou, desde o início, de tentar o golo, e pela inépcia portista.

Sem fazer um jogo especial, o FC Porto ganhou uma vantagem importante, primeiro com um remate fantástico de Quaresma e depois através de Varela, porque o Eintracht mostrou-se permeável na defesa. Mas ainda assim vai para a segunda mão com muito trabalho para fazer.

Logo de início, percebeu-se que o poderio físico do conjunto alemão tornaria este um desafio complicado para os “dragões”, que só assentaram o seu jogo a partir dos dez minutos, através dos transportes de bola de Herrera. Jackson, com dois bons lances à meia-volta, e Quaresma ameaçaram a baliza de Trapp, antes de o português marcar mesmo. Foi um lance típico à Quaresma, concluído com um remate em arco, aos 44’. O extremo, depois de chegar ao Dragão, já marcou em todas as provas possíveis, sempre na primeira parte e sempre o primeiro golos dos “azuis e brancos”, e aumentou a conta pessoal para quatro golos.

Os germânicos, depois de terem deixado alguns avisos na primeira metade, especialmente um de Rode, entraram melhor após o intervalo. Joselu e Russ testaram a atenção de Helton. Mas o FC Porto voltou a dominar. Jackson atirou perto duas vezes, antes de Varela fazer o 2-0, aproveitando um serviço de Maicon após um livre.

O público alemão perdeu a voz, naquele momento o jogo e a eliminatória estavam encaminhados para a equipa de Paulo Fonseca, mas dois erros em seis minutos fizeram tudo voltar praticamente à estaca zero. O espanhol Joselu aproveitou um mau alívio de Mangala e disparou de fora da área para o 2-1 (72’). Aos 77’, o francês colocou a bola perto da sua baliza e a pressão alemã forçou o autogolo de Alex Sandro.

Depois, em cima da hora, quando parecia mais fácil marcar, Ghilas não conseguir acertar na baliza. Em Frankfurt, o FC Porto vai ter de o fazer.

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