Djokovic não tem rival no circuito mundial

Sérvio derrotou Tomas Berdych na final de Monte Carlo e venceu o terceiro torneio Masters 1000 da presente temporada.

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Eric Gaillard/Reuters

Enquanto Rafael Nadal se treinava em Barcelona, o seu maior concorrente ao domínio de Roland Garros, Novak Djokovic, tornava-se no primeiro tenista a conquistar os três primeiros Masters 1000 da época. Depois de fazer a dobradinha Indian Wells-Miami em Março, o líder do ranking adicionou o Monte Carlo Rolex Masters ao seu currículo, onde constam os últimos seis grandes torneios disputados no circuito — Djokovic venceu o Masters 1000 de Paris e o Masters de Londres no final de 2014 e abriu este ano com o triunfo no Open da Austrália. Até quando continuará o sérvio a dominar?

“Vivi uma situação semelhante em 2011 quando ganhei 40 encontros seguidos. O que devo fazer agora é descansar, pois joguei muitos encontros desde o início do ano. A minha sorte é que tenho duas semanas antes do próximo torneio [Masters 1000 de Madrid]”, disse Djokovic, no seguimento da vitória sobre Tomas Berdych, por 7-5, 4-6 e 6-3.

Apesar de estar a ser uma época de sonho, o sérvio não quis fazer comparações com a de 2011. “Hoje, sou alguém diferente, mais maduro. Muitas coisas aconteceram em quatro anos: casei-me e fui pai. O ano de 2011 foi o mais belo da carreira em termos de resultados, mas sinto-me melhor do ponto de vista humano do que então”, frisou Djokovic, após a longa final de 2h42m de jogo, interrompida durante uma hora pela chuva, quando liderava por 7-5, 3-2.

No reatamento, o equilíbrio manteve-se mas Berdych surgiu a jogar com mais variação, não insistindo tanto na esquerda do adversário. À sexta oportunidade no set, o checo fez o 4-3 e não tremeu quando serviu para fechar a partida. Só que ganhar dois sets a Djokovic é tarefa quase impossível hoje em dia. Berdych não consegiu manter o mesmo nível e o sérvio rapidamente chegou a 4-0, com o checo a ganhar somente sete pontos nesses jogos. Berdych ainda reagiu e devolveu um break, mas Djokovic controlou até ao fim.

“Ganhei este encontro lutando com o coração. Não atingi o nível dos encontros anteriores mas tentei manter-me concentrado e manter a mesma intensidade. Tomas merecia este troféu tanto como eu”, reconheceu Djokovic, admitindo algum desgaste no duelo da véspera com Nadal.

Em Barcelona, tem nesta segunda-feira início o torneio da categoria ATP 500, com Kei Nishikori como tenista mais cotado, precedendo na lista de favoritos os espanhóis Nadal e David Ferrer. João Sousa só joga na terça-feira, com o ucraniano Alexandr Dolgopolov.

Entretanto, ficaram conhecidas as finalistas da Fed Cup. Rússia e República Checa vão discutir o título em Novembro. O fim-de-semana ficou marcado pela primeira derrota de Serena Williams na competição, após 15 vitórias. A líder do ranking feminino jogou ao lado de Alison Riske no encontro decisivo do play-off do Grupo Mundial com a Itália, mas Flavia Pennetta e Sara Errani venceram por 6-0, 6-3, mantendo as italianas na primeira divisão do ténis mundial.

 

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