Frente a um “Baby Barça”, Benfica foi superior e muito perdulário

“Encarnados” seguem para a Liga Europa após empate sem golos em Camp Nou. Celtic vence em casa e apura-se para os “oitavos” da Champions.

O benfica parou o Barcelona, mas não marcou
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O Benfica parou o Barcelona, mas não marcou Josep Lago/AFP
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Messi só entrou na segunda parte Lluis gene/AFP
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Ola John e mais uma perdida do Benfica Josep Lago/AFP
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Messi no relvado a queixar-se com dores Sergio Carmona/Reuters
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Messi a caminho dos balneários Josep Lago/AFP

Os “encarnados” até podiam ter ganho, estiveram muito próximos disso, mas seguem para a Liga Europa devido ao desperdício dos seus avançados. Porque o jogo em Camp Nou estava a correr bem ao Benfica antes do primeiro toque na bola. Uma coisa era defrontar o Barcelona armado com Xavi, Iniesta e Messi (e Piqué, Dani Alves, Jordi Alba, Busquets, Valdés e Fàbregas), outra coisa é ter pela frente Rafinha, Thiago Alcântara, Sérgio Roberto, Planas ou Montoya, jogadores da formação com pouca rodagem na equipa principal mas que já são lançados nestes palcos, tal é a confiança que Tito Vilanova tem na excelência do produto que vem de La Masia. Já se sabia que Vilanova ia poupar, mas o técnico catalão levou mesmo a sério esta premissa, nem sequer metendo Messi no “onze”. E isso facilitaria imenso a tarefa dos “encarnados”, a dependerem de si próprios para seguir em frente na Champions.

Com isto, o impossível tornava-se provável e Jesus quis aproveitar a falta de entrosamento entre as tantas novidades do Barça com jogadores velozes no ataque. Nolito e Ola John avançavam pelas alas, Rodrigo e Lima formavam a dupla de avançados, ficando Cardozo (menos móvel que os outros dois) no banco. Estratégia certa do técnico benfiquista, porque aquele meio-campo que geralmente não deixa jogar ninguém estava perfeitamente macio e muito permeável, uma máquina muito perra.

Enquanto estivesse tudo empatado, em Camp Nou e Celtic Park, tudo bem para o Benfica. Os “encarnados” até podiam perder contra este “Baby Barça” se acontecesse o mesmo ao Celtic com o Spartak, mas não era essa a intenção de Jorge Jesus. Logo aos 12’, Rodrigo acelera em direcção à área catalã, mas o guardião Pinto faz bem a mancha e o avançado espanhol atira ao lado. Aos 20’, é Lima quem tem a oportunidade de fazer o marcador funcionar, mas também ele falha o alvo, após uma excelente jogada de Nolito, que regressava a Camp Nou.

No minuto seguinte, o primeiro “twist” deste filme. O Celtic coloca-se em vantagem frente ao Spartak aos 21’. Vantagem para os escoceses e o Benfica teria de trabalhar mais. Para o Barcelona, apenas uma oportunidade de golo aos 23’, mas Tello não aproveita da melhor forma um erro de Luisão. Lima volta a estar perto do 1-0, novamente após passe de Nolito, mas o seu remate em jeito é desviado por Pinto para o poste. Depois, o Benfica tem motivos para festejar um golo que se marcou em Glasgow, do Spartak, aos 39’. Os “encarnados” voltavam a estar qualificados.

Na segunda parte, o Benfica já não conseguiu ser o mesmo e o Barcelona, mesmo a milhas do que costuma ser, foi um bocadinho mais igual a si próprio. Aos 58’, Vilanova faz entrar Messi no jogo e o argentino, em busca do recorde de golos no ano civil (falta-lhe um para chegar aos 85 de Gerd Muller) teve um efeito quase imediato. A bola passou a ir ter com ele e, com isso, o jogo dos catalães pareceu mais familiar. Nova reviravolta em Glasgow aos 81’. De penálti, o Celtic coloca-se em vantagem e nos “oitavos”.

Aos 85’, Messi tem nos pés a grande oportunidade da segunda parte. O argentino passa por Artur e tenta fazer um chapéu que o guarda-redes brasileiro ainda consegue segurar perto da linha de golo. O argentino sai lesionado logo a seguir, o Barça fica a jogar com dez e o Benfica ainda mantém uma esperança. Mais cinco minutos de desconto, atrapalhação de Cardozo, remate por cima de Maxi e fim dos jogos na Catalunha e na Escócia. Adeus Liga dos Campeões, olá Liga Europa.  
 
 
 

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