Andy Murray tem uma missão possível na final da Taça Davis

Bélgica e Grã-Bretanha decidem o mais importante título de ténis por países.

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François Lenoir/Reuters

Kyle Edmund será o primeiro tenista em 12 anos a estrear-se na Taça Davis numa final. Mas a grande esperança do seleccionador Leon Smith para que, na Bélgica, a Grã-Bretanha volte a erguer a “saladeira” de prata, é Andy Murray. É no número dois do mundo que estão depositadas as esperanças na conquista dos três pontos necessários (nos dois singulares e no par, com o irmão Jamie) para garantir a primeira vitória dos britânicos na competição desde 1936, então pelas mãos de Fred Perry e Bunny Austin.

Murray tem também a possibilidade de tornar-se no terceiro homem a terminar o ano com 8-0 nos encontros de singulares na Taça Davis – imitando o sueco Mats Wilander (1983) e o norte-americano John McEnroe (1982). Hoje, no court de terra batida instalado na Flanders Expo, em Gent, Murray terá como primeiro adversário Ruben Bemelmans (108.º).

Mas antes, Edmund (100.º no ranking) terá de abrir a final, defrontando David Goffin, número um belga, 16.º na tabela ATP e com um registo de 11 vitórias e duas derrotas em singulares na prova. Em 2003, Feliciano Lopez também foi chamado para a final sem nunca ter competido pela selecção espanhola, mas nunca um estreante ganhou um encontro numa final antes de esta estar decidida.

Só que o britânico de 20 anos vem de ganhar um challenger em Buenos Aires, o que levou Leon Smith a preterir o mais experiente James Ward (156.º), igualmente convocado. “A melhor coincidência é que ambos os números dois chegaram a esta final em boa forma. James ganhou um challenger na Índia, Kyle venceu um challenger na América do Sul. É uma boa situação para se estar. Vamos começar assim, porque o Kyle está com um bom ranking e sente-se confortável neste piso”, explicou o seleccionador.

A Bélgica está a disputar a sua segunda final da Taça Davis; a primeira aconteceu em 1904, quando foram derrotados pelos britânicos, então sob o nome de Ilhas Britânicas. E o capitão Johan Van Herck teve igual problema, optando por Bemelmans em detrimento do segundo melhor belga, Steve Darcis (84.º), que deverá reservar-se para o par de amanhã, ao lado de Kimmer Coppejans.

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