A Supertaça não é a Liga dos Campeões mas serviu de vingança ao Atlético

Colchoneros derrotam Real Madrid, por 1-0, e conquistam primeiro troféu da temporada em Espanha

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Mandzukic marcou o único golo do jogo REUTERS/Juan Medina

Uma entrada autoritária dos “colchoneros” na partida não deu tempo nem espaço para o Real se ambientar ao Vicente Calderón. Imprimindo grande intensidade desde o apito inicial, a equipa da casa chegou ao golo logo aos 2’, num lance que envolveu três das contratações da equipa para esta temporada, que deixaram sem reacção a defesa adversária. O lance começou num lançamento longo do guarda-redes Moyá, que Griezmann desviou de cabeça, sobrando a bola para Mario Mandzukic bater Casillas. Tudo com os dois defesas centrais do Real Madrid, Sérgio Ramos e Varane (que relegou Pepe para o banco), a verem jogar.

A grande intensidade imprimida pelo Atlético surtiu os efeitos desejados e a equipa foi cedendo a iniciativa ao adversário, passando a jogar na expectativa do contra-ataque. Com Ronaldo no banco (não terá recuperado totalmente dos problemas físicos que o obrigaram a ser substituído ao intervalo da partida da primeira mão) e James Rodríguez a titular, seria o colombiano a liderar o ataque da sua equipa na primeira metade. E não lhe faltaram oportunidades para alcançar o empate. O primeiro, aos 24’, num remate cruzado proporcionou uma grande defesa a Moyá, mas voltaria a não ser feliz aos 36’ e 45’. Pelo meio ainda assistiu Bale (38’), com o galês a falhar incrivelmente o alvo.

O Atlético reagiria muito perto do intervalo, com duas boas oportunidades de Raúl García, quase em simultâneo. Lances que inspiraram os “colchoneros” para a segunda parte, a qual contou com a participação de Ronaldo, mas com o português muitos furos abaixo do seu rendimento habitual. Entrou para o lugar do alemão Toni Kroos, mas a substituição acabou por desequilibrar o meio-campo madridista, com a partida a ficar mais dividida, mas com clara vantagem para o Atlético.

Tal como no arranque do encontro, a equipa da casa voltou a entrar de rompante após o reatamento e esteve muito perto de mexer no marcador, valendo a barra e uma boa intervenção de Casillas para evitar mais uma tentativa de Raúl García e manter viva a esperança do Real. Mas os campeões europeus demonstraram poucos argumentos atacantes para sair do Vicente Calderón com outro resultado que não a derrota.  As melhores oportunidades do segundo tempo pertenceram ao Atlético, que esteve muito perto de aumentar a vantagem.

Não foram necessários mais golos para levantar o troféu e vingar um pouco a humilhação sofrida na final da Liga dos Campeões, no Estádio da Luz, em Lisboa, quando os “colchoneros” foram derrotados por 4-1 no prolongamento, depois de terem chegado aos 93’ do tempo regulamentar em vantagem no marcador.

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