A Supertaça não é a Liga dos Campeões mas serviu de vingança ao Atlético

Colchoneros derrotam Real Madrid, por 1-0, e conquistam primeiro troféu da temporada em Espanha

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Mandzukic marcou o único golo do jogo REUTERS/Juan Medina

Diego Simeone alertou recentemente os adeptos do Atlético de Madrid que é irrealista pensar que a equipa poderá chegar novamente ao título espanhol. O treinador argentino salienta que está a formar uma equipa nova e aponta o terceiro lugar como objectivo, face à diferença de argumentos para o Barcelona e Real Madrid. Mas terá esquecido de baixar as expectativas aos seus jogadores, que conquistaram nesta sexta-feira a Supertaça espanhola, ao baterem, em casa, o Real Madrid por 1-0, após o empate a uma bola na partida da primeira mão em casa do adversário. Pelo que se viu na amostra, este Atlético não está muito diferente daquele que convenceu na temporada passada.

Uma entrada autoritária dos “colchoneros” na partida não deu tempo nem espaço para o Real se ambientar ao Vicente Calderón. Imprimindo grande intensidade desde o apito inicial, a equipa da casa chegou ao golo logo aos 2’, num lance que envolveu três das contratações da equipa para esta temporada, que deixaram sem reacção a defesa adversária. O lance começou num lançamento longo do guarda-redes Moyá, que Griezmann desviou de cabeça, sobrando a bola para Mario Mandzukic bater Casillas. Tudo com os dois defesas centrais do Real Madrid, Sérgio Ramos e Varane (que relegou Pepe para o banco), a verem jogar.

A grande intensidade imprimida pelo Atlético surtiu os efeitos desejados e a equipa foi cedendo a iniciativa ao adversário, passando a jogar na expectativa do contra-ataque. Com Ronaldo no banco (não terá recuperado totalmente dos problemas físicos que o obrigaram a ser substituído ao intervalo da partida da primeira mão) e James Rodríguez a titular, seria o colombiano a liderar o ataque da sua equipa na primeira metade. E não lhe faltaram oportunidades para alcançar o empate. O primeiro, aos 24’, num remate cruzado proporcionou uma grande defesa a Moyá, mas voltaria a não ser feliz aos 36’ e 45’. Pelo meio ainda assistiu Bale (38’), com o galês a falhar incrivelmente o alvo.

O Atlético reagiria muito perto do intervalo, com duas boas oportunidades de Raúl García, quase em simultâneo. Lances que inspiraram os “colchoneros” para a segunda parte, a qual contou com a participação de Ronaldo, mas com o português muitos furos abaixo do seu rendimento habitual. Entrou para o lugar do alemão Toni Kroos, mas a substituição acabou por desequilibrar o meio-campo madridista, com a partida a ficar mais dividida, mas com clara vantagem para o Atlético.

Tal como no arranque do encontro, a equipa da casa voltou a entrar de rompante após o reatamento e esteve muito perto de mexer no marcador, valendo a barra e uma boa intervenção de Casillas para evitar mais uma tentativa de Raúl García e manter viva a esperança do Real. Mas os campeões europeus demonstraram poucos argumentos atacantes para sair do Vicente Calderón com outro resultado que não a derrota.  As melhores oportunidades do segundo tempo pertenceram ao Atlético, que esteve muito perto de aumentar a vantagem.

Não foram necessários mais golos para levantar o troféu e vingar um pouco a humilhação sofrida na final da Liga dos Campeões, no Estádio da Luz, em Lisboa, quando os “colchoneros” foram derrotados por 4-1 no prolongamento, depois de terem chegado aos 93’ do tempo regulamentar em vantagem no marcador.

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