Manifestação pelo direito à habitação. "Abril exige casa para viver"

Na luta pelo direito à habitação, Portugal continua a sair à rua para pedir um tecto.

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O início da manifestação parecia mais tímido do que as anteriores, mas as 15 horas trouxeram a multidão esperada. Da Alameda ao Arco da Rua Augusta não faltaram cartazes, tambores e palavras de ordem. No meio do alvoroço, o pedido é claro: casa para viver.

Depois das manifestações dos dias 1 de Abril e 30 de Setembro de 2023, a plataforma Casa para Viver convocou a terceira saída à rua pelo direito à habitação, com mais de 15 pontos de encontro por todo o país. Para a organização, a proximidade das eleições legislativas “é o momento de vir à rua ainda com mais força e exigir que se assumam as soluções propostas por esta Plataforma Casa para Viver”. 

A plataforma sugere soluções como aumentar o parque de habitação pública do Estado, baixar as prestações, “pondo os lucros da banca a pagar” e baixar e regular as rendas, assim como prolongar a duração dos contratos. Quanto aos despejos, reivindicam o fim dos mesmos “sem alternativa de habitação digna”. A plataforma Casa para Viver sugere ainda - e entre outras soluções - que se coloquem “os imóveis devolutos dos grandes proprietários, fundos e empresas” no mercado.

Em Lisboa, a manifestação tinha como destino o Arco da Rua Augusta, onde um palco aguardava a multidão. Foi ali que os organizadores da plataforma Casa para Viver discursaram. Depois das intervenções, deu-se lugar à música com Luís Severo, Catarina Branco, Luca Argel e John Douglas.

No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, milhares de pessoas pediram hoje, pelas ruas de Lisboa, que se cumpra Abril.