A minha avó paterna teve o primeiro AVC quando era ainda muito nova. E ao longo de toda a vida foi tendo acidentes isquémicos transitórios que, mesmo não deixando sequelas, tornaram pesados muitos dos seus dias. De cada vez que um destes episódios acontecia, as minhas tias corriam a chamar o médico, sempre o mesmo, de forma quase religiosa, porque, segundo elas, “como ele já conhecia a avó, era mais fácil”. “Além disso, também nos conhecia a nós, percebes?...” E eu percebo. Podem crer que percebo.
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