Defesa lança concurso para futuro ministério no antigo Regimento de Lanceiros

O projecto para um “campus da Defesa”, ainda sem calendário definido, será financiado por receitas provenientes da alienação de imóveis na esfera da Defesa.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O ministro da Defesa Nacional vai lançar nos próximos dias um “concurso de ideias” para a requalificação do edifício do antigo Regimento de Lanceiros n.º2, na Calçada da Ajuda, Lisboa, visando ali instalar todos os serviços do ministério.

O projecto para um “campus da Defesa”, ainda sem calendário definido, será financiado por receitas provenientes da alienação de imóveis na esfera da Defesa, de forma que “tanto quanto possível que seja uma operação neutra do ponto de vista orçamental”, disse nesta terça-feira o ministro Azeredo Lopes.

“Há a previsão de que o júri possa reunir-se rapidamente e lançar nos próximos dias, espero, um concurso de ideias”, disse Azeredo Lopes, que convidou “todos os arquitectos do país” a participar e sublinhou a “abertura do projecto à sociedade civil” e a ligação à história e ao património da cidade.

O júri será constituído por 11 elementos e presidido por Artur Santos Silva, jurista, que foi presidente da fundação Calouste Gulbenkian entre 2012 e 2017 e presidiu também ao BPI, entre outras funções.

Azeredo Lopes frisou que o edifício onde actualmente está instalado o ministério da Defesa, no Restelo, “com o tempo foi perdendo capacidade funcional e era, do ponto de vista da sua gestão, bastante desafiante”.

A concretização do projecto e a transferência dos serviços do ministério da Defesa para as instalações regimento de Lanceiros não ocorrerá antes de “uns anos”, disse Azeredo Lopes, afirmando no seu discurso que espera beneficiar do futuro “campus da Defesa”, já não como ministro mas como cidadão.

A apresentação do projecto decorreu nas instalações do antigo regimento de Lanceiros n.º 2, na Calçada da Ajuda, com a participação do presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Medina, e do ministro da Cultura, Luís Castro Mendes.

“Dar uma nova vida a um edifício antigo, recriá-lo sem o desfigurar mas adaptando-o às novas necessidades organizacionais, designadamente ao nível das mais modernas tecnologias e dos critérios de eficiência energética e de sustentabilidade ecológica, é uma das melhores formas de garantir a sua existência projectando-a para o futuro”, defendeu Azeredo Lopes.

Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, a proposta do ministério da Defesa foi a “primeira solução realista e possível” para o espaço que estava desocupado desde Setembro de 2015, quando o Regimento de Lanceiros, que apronta o Batalhão de Polícia do Exército foi transferido para a Amadora.

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