Peritagens da PJ incriminam Sónia Brazão

A Polícia Judiciária (PJ) concluiu que houve uma libertação de gás intencional, através da abertura dos bicos do fogão, no caso da explosão da casa da actriz Sónia Brazão, em Algés, disse ontem à agência Lusa fonte policial. A mesma fonte explicou que o relatório da PJ, que já chegou ao Ministério Público de Oeiras, aponta no sentido de a actriz ter "intencionalmente aberto os bicos do fogão" provocando uma libertação excessiva de gás, mas sem intenção de provocar uma explosão no apartamento.

Na sequência da explosão, a actriz sofreu queimaduras de 2.º e 3.ºgraus no corpo e esteve internada com prognóstico muito reservado no Hospital de São José, em Lisboa, de onde saiu ao fim de mais de um mês de internamento. Segundo a mesma fonte, há indícios de que tenha sido praticado o crime de incêndio, explosões e outras condutas especialmente perigosas previsto e punido pelo artigo 272 do Código Penal, cuja moldura penal pode atingir os oito anos quando praticado com negligência.

A explosão, ocorrida no 4.º andar do número 73 da Avenida da República, ao fim da tarde de 3 de Junho, causou dois feridos e significativa destruição material no edifício, nos prédios vizinhos e fronteiriços e em viaturas que se encontravam na rua.

Ontem, em declarações ao PÚBLICO, o assessor de Sónia Brazão acabou por revelar não ter conhecimento do relatório policial. "Não tive oportunidade de ler a notícia e, de resto, também não falamos sobre o processo", disse Ricardo Azevedo. O assessor adiantou que também o advogado da actriz não tem por hábito pronunciar-se em relação a casos em curso.

"Vamos aguardar que o Ministério Público se pronuncie e só depois poderemos tomar qualquer decisão. A única coisa que possa adiantar é que a Sónia está tranquila e muito confiante no bom trabalho da Polícia Judiciária", concluiu Ricardo Azevedo.

A companhia de seguros responsável pelo edifício avaliou os danos em 500 mil euros. Sónia Brazão teria, horas antes da explosão, ingerido grandes quantidades de álcool e comprimidos. José Bento Amaro, com Lusa

Sugerir correcção