Financiamento da sede da Deco foi inédito

a Foi a primeira vez que o Governo subsidiou as instalações da sede de uma associação de defesa dos consumidores e que tal financiamento atingiu os valores, em causa, 1.000.000 euros. O próprio Tribunal da Relação acabou por admitir como verdadeiros estes factos, constantes dos textos publicados por José António Cerejo em 2001. Mas do trabalho de quatro páginas, que motivou a reacção "ofensiva" de Sócrates, ressaltaram outras situações duvidosas. Então ministro adjunto do primeiro-ministro António Guterres, José Sócrates iniciou os procedimentos com vista à concessão do subsídio à Deco, antes de ele ser legalmente possível. Segundo responsáveis contactados na altura, a compra ou arrendamento de sedes de associações de consumidores não era passível de financiamento do Estado. Essa proposta seria contudo viabilizada por um diploma aprovado um mês depois pelo próprio Sócrates, que já contemplava essa hipótese. O primeiro-ministro recusou qualquer relação entre estas duas iniciativas.
Os textos do PÚBLICO evidenciavam ainda que as restantes associações do sector desconheciam a atribuição do subsídio, desaprovando o privilégio, e que este não fora publicamente divulgado.

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