O francês é uma vantagem!

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O francês é uma vantagem; o francês é uma mais-valia para as gerações jovens. Os francófonos de todo o mundo quiseram comemorar o seu dia internacional - 20 de Março - com estas palavras. Na verdade, é uma sorte e uma vantagem poder comunicar com 220 milhões de locutores do mundo inteiro, uma sorte e um privilégio, porque 60% dos 220 milhões de francófonos têm menos de 30 anos. O francês é, de facto, uma língua essencialmente falada pelos jovens e está ao serviço da juventude e do futuro.

Os 75 Estados e governos da francofonia representam mais de um terço dos membros das Nações Unidas. Trinta e dois Estados têm o francês como língua oficial, só, ou partilhado com outras línguas. O francês representa também uma vantagem na União Europeia, uma vez que é a segunda língua estrangeira mais usada pelos europeus (19%) depois do inglês (41%) e antes do alemão (10%) e do espanhol (7%). É a quarta língua mais utilizada na Internet por número de páginas e aquela em que se traduzem mais livros escritos noutras línguas, sinal da sua abertura aos outros e, ao mesmo tempo, do seu carácter veicular.

Fortalecida pelas suas numerosas organizações e associações, a Francofonia, fundada a 20 de Março de 1970, em Niamey no Níger, promove valores de solidariedade e de democracia. Ela está presente em todo o mundo, através

- dos media, com o primeiro canal generalista mundial em língua francesa, TV5 Monde, difundido em mais de 200 países e territórios;

- dos 781 estabelecimentos de ensino superior e de investigação reagrupados na Agência universitária da Francofonia;

- da Federação Internacional de Professores de Francês (FIPF), com 900. 000 professores de Francês que ensinam mais de 116 milhões de alunos;

- dos 78 parlamentos e organizações parlamentares francófonas.

O francês constitui realmente uma vantagem num mundo cada vez mais globalizado. Abdou Diouf, secretário-geral da Organização internacional da Francofonia, na sua mensagem por ocasião da comemoração do dia internacional da Francofonia 2012, descreve-o como uma vantagem para construir, fazer viver e desenvolver "as redes competitivas de universitários, investigadores, peritos, profissionais, presidentes de câmaras municipais ou parlamentares, para que o diálogo e a cooperação ao serviço do desenvolvimento sustentável resultem não só da simples decisão dos Estados, mas também do compromisso militante dos seus povos, da sociedade civil e dos cidadãos".

Em Portugal, o domínio da língua francesa é uma vantagem. Às vezes ouvimos dizer que o francês está em declínio, que a sua aprendizagem é difícil, que se trata de uma língua de cultura clássica mais do que de uma língua útil e virada para a modernidade. Estes estereótipos traduzem um desconhecimento da presença do francês no mundo de hoje, na Internet, no cinema, no ensino superior.

A nossa mensagem é de encorajamento aos jovens para que aprendam a língua francesa. É também um apelo ao desenvolvimento das relações humanas, económicas e culturais entre o mundo lusófono e o mundo francófono. Este diálogo contribui para a diversidade intelectual e linguística do mundo globalizado do século XXI. Neste mundo tão aberto e interligado como nunca foi, encorajemos as gerações mais jovens a falar pelo menos três línguas não só para alargar as suas oportunidades profissionais, mas também para que possam conhecer e compreender melhor os outros. Uma língua é uma chave e quanto mais chaves se tiver, mais portas poderão abrir-se.

*Este artigo é assinado conjuntamente pelos seguintes embaixadores: Maria Ubach Font (Andorra); Jean-Michel Veranneman de Watervliet (Bélgica); Ivan Petrov (Bulgária); Hamdi Loza (Egipto); Pascal Teixeira da Silva (França); Vassilios Costis (Grécia); Paul Schmit (Luxembourgo); Karima Benyaich (Marrocos); Valeriu Turea (Moldávia); Vasile Popovici (Roménia); Maymouna Diop Sy (Senegal); Rudolf Schaller (Suíça); Youssef Louzir (Tunísia)

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