Ascensão, queda e ressurreição da Blue Note

No dia 6 de Janeiro de 1939, dois mestres do piano boogie-woogie, Albert Ammons e Meade Lux Lewis, passaram a noite num estúdio de Nova Iorque a tocar para um recém-chegado emigrante alemão apaixonado pela sua música, Alfred Lion. Poucas semanas depois, com a ajuda financeira de um amigo, foram editados os primeiros 50 exemplares de dois 78rpm com os solos de Ammons e Lewis. Nascia assim uma nova editora chamada Blue Note. Hoje, quando se comemoram os 60 anos dessa data pioneira, o seu nome permanece o símbolo mais popular de toda a herança gravada do jazz.

Pela mão do produtor John Hammond, o dia 23 de Dezembro de 1938 entrou na história da música negra da América. Nessa noite, o primeiro concerto "Spirituals To Swing" assinalou a entrada do jazz num dos mais prestigiados e aristocráticas templos musicais de Nova Iorque, o Carnegie Hall. O cartaz ensaiava uma visão global da música popular afro-mericana: dos espirituais e gospels aos blues, da arte do boogie-woogie ao jazz de New Orleans e às cores do swing. Perdido entre os espectadores dessa noite mítica encontrava-se um recém-chegado emigrante de 30 anos, Alfred Lion, cujo entusiasmo pelos boogie-woogies de Albert Ammons, Meade Lux Lewis e Pete Johnson esteve na origem de um facto que marcou para sempre a história discográfica do jazz: a criação da etiqueta e editora Blue Note. Alfred Lion (1908-1987) nasceu em Berlim e aí descobriu o jazz, em 1925, ao assistir a um concerto da orquestra do pianista Sam Wooding. Uma experiência que lhe mudou a vida. Depois de uma primeira passagem por Nova Iorque em 1928, em que mergulhou a fundo no mundo do jazz "ao vivo", e de mais algumas breves incursões por terras americanas (numa delas regressou a casa carregado com mais de 300 discos), aproveitando as oportunidades profissionais da sua actividade no ramo das importações/exportações, Alfred Lion acabou por fixar-se definitivamente em Manhattan em 1938, alguns meses antes da noite "Spirituals To Swing", onde se deixou enfeitiçar pelos mestres do boogie-woogie chamados ao palco do Carnegie Hall. Catorze dias depois, a 6 de Janeiro de 1939, após uma sessão de gravação privada, Albert Ammons e Meade Lux Lewis tornaram-se os protagonistas das primeiras edições Blue Note.Uma das primeiras originalidades da Blue Note aconteceu por acaso. Levado pelo fascínio da música, Alfred Lion não cuidou dos tempos de gravação o que o obrigou, na hora de editar as peças de Ammons e Lewis, a utilizar discos de 78rpm de 30 cms de diâmetro (até então reservados para os catálogos de música clássica), que permitiam armazenar peças mais longas (quatro minutos e meio contra os três minutos dos habituais 78rpm de 25 cms). O elogio da crítica aos discos de estreia foi um incentivo para novas produções, a primeira das quais teve lugar a 7 de Abril de 39, com o grupo Port of Harlem Six, um sexteto "ad hoc", reunindo homens de New Orleans e militantes do swing. No dia 8 de Junho, os Port of Harlem voltaram ao estúdio, com um novo inquilino, Sidney Bechet, outra recordação de Alfred Lion do concerto de Carnegie Hall e que viria a ser o responsável pelo primeiro grande êxito da Blue Note, de acordo com os cânones de vendas das pequenas editoras independentes. Essa inesperada mais-valia que caiu nas mãos de Alfred Lion foi uma extraordinária versão de "Summertime", que permanece como uma entrada obrigatória da discografia de Bechet. A 29 de Julho, a Blue Note acrescentava ao seu currículo uma sessão com Earl Hines. E a pouco e pouco o catálogo foi crescendo, construindo-se como um singular porto de abrigo de algum do melhor jazz tradicional gravado nessa viragem de décadas.1940 foi um ano importante no calendário da Blue Note. Fugido à barbárie nazi, chegou a Nova Iorque Francis Wolff, um amigo de infância de Alfred Lion e seu companheiro das aventuras berlinenses em busca dos raros discos de jazz americanos então disponíveis na Alemanha. A ligação de Wolff à Blue Note foi imediata. E quando, no ano seguinte, os Estados Unidos entraram na guerra e Lion foi mobilizado e colocado no Texas, foi Wolff quem se ocupou da gestão, então reduzida ao circuito de venda das 26 referências do catálogo, uma vez que a dificuldade dos tempos levou à suspensão das gravações. A Blue Note só retomaria a produção em Novembro de 1943 com outra banda "ad hoc", Blue Note Jazzmen, em cuja direcção alternavam o clarinetista Edmond Hall, o pianista James P. Johnson, o trombonista Vic Dickenson ou ainda o trompetista Sidney DeParis.Como sublinha Michael Cuscuna, nos anos do pós-guerra Bechet foi o nome mais gravado por Alfred Lion. Um dado que não deve ser avalido levianamente - ao privilegiar Bechet, certamente um dos músicos mais avançados das primeiras gerações do jazz, a Blue Note não estava assim tão distante dos passos que viria a dar nos tempos imediatos quando começou a coleccionar uma extraordinária equipa dos melhores protagonistas do bebop, essa música estranha e arrebatadora que começava a descer dos palcos de Harlem para a "middle town" novaiorquina. A última "sessão swing" de Lion data de 23 de Setembro de 1946 e teve como protagonista o próprio Ike Quebec, que teria um papel decisivo na nova orientação musical da etiqueta. A abertura aos novos sons fez-se em Fevereiro de 47 com o cantor Babs Gonzales, uma das primeiras vozes a experimentar os prazeres do bebop, tendo ao piano um dos maiores compositores do novo idioma, Tadd Dameron.Mas foi a partir de Setembro que Alfred Lion começou a construir a sua justa fama como um dos mais importantes e perfeitos produtores do novo jazz. Num curto espaço de tempo o catálogo entrou na discografia de nomes como Dameron, Fats Navarro e Howard McGhee, James Moody e Milt Jackson, Thelonious Monk e Bud Powell, Art Blakey, Roy Haynes e Max Roach, Sonny Rollins e Lou Donaldson. Os primeiros anos 50 aprofundaram o veio Blue Note e quando a década entrou na segunda metade do caminho a etiqueta era já um símbolo do novo jazz. Lá estavam, ou estiveram, Miles Davis (uma passagem rápida nos primeiros passos da sua carreira de líder) e Clifford Brown, Lee Morgan, Kenny Dorham e Thad Jones, Wynton Kelly e Horace Silver, Sonny Clark e Elmo Hope, John Lewis e Herbie Nichols (que Alfred Lion tratou com o mesmo entusiasmo com que descobriu Monk), J. J. Johnson, Jimmy Heath, Hank Mobley, Dexter Gordon, Kenny Burrell e Tal Farlow, além de um disco solitário de John Coltrane.Por essa altura, já era evidente que a atribuição do prestígio conquistado pela Blue Note a um golpe do acaso só podia nascer de um enorme sentimento de inveja. Lion e Wolff só gravavam a música que amavam. E faziam-no apaixonadamente. Os discos eram cuidadosamente preparados em todas as fases de produção, as sessões longamente programadas, discutidas entre os músicos e Alfred Lion e precedidas de ensaios pagos, o que era uma raridade. Técnicamente, o engenheiro Rudy Van Gelder (chegado à equipa, onde substituiu Doug Hawkins, em 1953) tornou-se o símbolo do "som Blue Note". E esteticamente cada álbum era fruto de um trabalho meticuloso de Reid Miles, o criador da identidade gráfica da Blue Note, muitas vezes utilizando as excelentes imagens a preto e branco de Francis Wolff, um dos poucos homens capazes de fotografar o espírito do jazz e cuja câmara registava exaustivamente todas as sessões. A afirmação de que a individualidade do trabalho de Reid Miles para a Blue Note, iniciado em 1956, se tornou "tão evocativa da cena do jazz como o timbre da trompete de Miles Davis ou as canções doridas de Billie Holiday" não peca por exagero. "Criámos um estilo, que incluía a gravação, a prensagem e o grafismo das capas; os detalhes fizeram a diferença" - bom fotógrafo, Francis Wolff também sabia captar a realidade. Quando se referia à sua etiqueta como "the lucky label", Alfred Lion sabia, melhor do que ninguém, o suor que regou a sorte da Blue Note. A segunda metade dos anos 50 correspondeu a um dos picos da herança da editora. Provocado, ou pelo menos acelerado, pelo confronto bebop/cool jazz, o hard bop encontrou na Blue Note o seu berço dourado. Tal como sucedera com a chegada do bebop, o saxofonista Ike Quebec foi um actor determinante nesse processo. A sua presença como A&R, conselheiro, "caçador de talentos" e director musical nos anos 40 e 50 foi decisiva para a abertura às novas correntes. E tal como a descoberta de Bud Powell e Thelonious Monk por Alfred Lion e Francis Wolff passou por ele, também as discografias de Horace Silver, Art Blakey, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Stanley Turrentine, Johnny Griffin, Hank Mobley ou Dexter Gordon algo lhe devem. A sua morte, em 1963, foi um duro golpe para Lion, no plano profissional e no da amizade. Para trás ficavam os nomes, alguns trazidos por Quebec, cuja fama se confundiu com a fama da própria Blue Note, com os Jazz Messengers de Art Blakey, Horace Silver e Jimmy Smith no pódio da popularidade.Sorte, ou sabedoria, teve a Blue Note ao contratar para o lugar de Ike Quebec o pianista Duke Pearson, cuja acção entre 1963 e 1971 consolidou o trabalho anterior. Foi durante os anos do ciclo Duke Pearson que se afirmaram as carreiras de Herbie Hancock, Wayne Shorter, McCoy Tyner, Andrew Hill, Joe Henderson, Bobby Hutcherson. Mas a morte de Francis Wolff em 1971 e a progressiva rendição da Blue Note, determinada pelos seus novos proprietários, às modas do jazz-rock-pop, levaram Pearson a abandonar o seu posto. Porém, antes desse difícil momento, a sua associação com Wolff ainda teve tempo de forjar novos caminho, abrindo a Blue Note a nomes identificados com a génese e desenvolvimento do free jazz. Fiel à tradição das décadas anteriores, em que se confundiu com a própria história do jazz, o catálogo Blue Note continuou a funcionar como um "Quem é quem" do jazz moderno. Basta folhear os nomes gravados entre 1963 e 67: Ornette Coleman e Eric Dolphy, Sam Rivers e Jackie McLean, Don Cherry e Gracham Moncur III, Andrew Hill, Cecil Taylor e Larry Young.Razão tem Cuscuna quando faz coincidir "os anos dourados" da Blue Note com o longo período de doze anos de 1955 a 67.Bem diferente seria o futuro depois da saída de Alfred Lion da direcção da Blue Note. Cansado de quase trinta anos de um trabalho tão exaltante quanto exigente e esgotante, o velho leão aceitou vender a Blue Note à Liberty. O negócio foi feito em 1965, continuando Alfred Lion à frente da etiqueta por mais um ano. Mas a desilusão com a evolução do mundo da sua música - o rock invadia e subvertia o jazz através das experiências de fusão com o rock - e problemas de saúde apressaram a sua retirada. Depois de uns tempos passados no México, Alfred Lion voltou para os Estados Unidos, fixando residência na Califórnia, onde morreu em 1987, dois anos depois de assistir (e participar como convidado) ao renascimento da Blue Note, agora sob a direcção de Bruce Lundvall e com a ajuda de Michael Cuscuna. Quando Lion renunciou, em 1967, Francis Wolff continuou na direcção das produções da Blue Note, auxiliado por Duke Pearson. Foi um período difícil. E quando Wolff morreu em 1971, Pearson partiu. Em 1969 a Liberty, e com ela a Blue Note, passou para o património da United Artists, acelerando o seu processo de descaracterização, primeiro, e de adulteração, depois. Tudo mudou - da natureza da música à identidade das capas (Reid Miles acabou a sua colaboração em 1967). Os homens que começaram a comandar as decisões chamavam-se George Butler, Larry Mizell, Wayne Henderson ou Dave Grusin e Larry Rosen (que ensaiaram na Blue Note a receita com que fundariam o êxito milionário da GRP). O álbum "Black Byrd", de Donald Byrd, gravado em 1972, paradigma dos novos ventos, tornou-se o maior êxito de vendas da Blue Note. O comercialismo instalou-se definitivamente, acabando por delapidar todo o prestígio adquirido e ajudando também ao retrocesso ou destruição da carreira de alguns dos músicos que tinham contribuído para a fama da Blue Note. Mais depressa do que leva a escrever, a Blue Note tornou-se uma entidade absolutamente estranha aos seus mais fieis admiradores. Não fora o excelente trabalho desenvolvido por Michael Cuscuna e Charlie Lourie a partir de 1975, reeditando numerosos álbuns dos "anos dourados" e revelando muito material inédito de alta qualidade, e a década de setenta mais não seria do que um longo parêntesis e uma penosa travessia do deserto na história da Blue Note. A partir de 1985 abriu-se um novo ciclo, com a reactivação da etiqueta através de um programa autónomo de novas produções. Sob a direcção de Bruce Lundvall a sigla criada por Alfred Lion regressou aos estúdios de gravação e recuperou a dignidade perdida. No momento em que se comemoram os seus 60 anos de existência, voltou a ser necessário acompanhar-lhe os passos para estar sintonizado com o jazz que hoje se pratica. Extenso e diversificado, o elenco dos seus novos contratados está longe de igualar a riqueza do passado. Mas os tempos são outros. E o jazz - que se encontra muito longe do estado de graça que o iluminou nas décadas de 40, 50 e 60 - também. "Para a Blue Note temos sempre que tocar melhor". Dexter Gordon, 1956"The Blue Note Years" é o nome de uma caixa de catorze discos compactos (sete duplos), acompanhada de um excelente álbum de fotografias de Francis Wolff e Jimmy Katz, de tiragem limitada e publicada para assinalar os 60 anos da Blue Note. Um projecto produzido por Michael Cuscuna, um dos produtores mais importantes das últimas duas décadas.Se resumir e ilustrar 60 anos de música em cerca de 16 horas seria sempre um trabalho de Hércules, a tarefa soa a impossível quando o objecto é a riquíssima herança criada por Alfred Lion e Francis Wolff. Mas feitas as contas e afastadas as divergências de gosto, inevitáveis numa triagem de 149 peças, importa sublinhar a alta qualidade do resultado final. Organizados temática e cronologicamente, os sete volumes duplos cobrem os nomes e escolas essenciais do jazz que passou pela Blue Note. Quem pretender aprofundar o que de melhor saiu dos seus estúdios a partir de 1939 encontra aqui as pistas mais importantes. Daí para a frente, as opções são livres. E garantidamente gratificantes.O "Volume 1 - Boogie Blues & Bop 1939 - 1955" começa pelo princípio, isto é, o boogie-woogie, as memórias de New Orleans e as formações médias do swing. E esse é um dos seus maiores méritos - a recuperação de uma música brilhante raramente lembrada quando se fala da Blue Note. O gosto e sensibilidade musicais de Alfred Lion não produziram obras-primas só no reino do hard bop. As sessões Bechet, o Celeste Quartet de Edmond Hall e as várias edições das bandas Port of Harlem e Blue Note Jazzmen são outros tantos momentos luminosos do jazz gravado na fronteira dos anos 40. As notas restantes anunciam a alvorada do bebop: Tadd Dameron, Fats Navarro e Howard McGhee, James Moody e Art Blakey. Mas é com a chegada de Thelonious Monk e Bud Powell que, pela primeira vez, a Blue Note escancara as portas da história. O resto deste primeiro volume também é obrigatório: Miles e Clifford Brown, Horace Silver e Herbie Nichols, J. J. Johnson e Lou Donaldson. O filme continua no "Volume 2 - The Jazz Message 1955-1960", o primeiro de uma série de quatro sobre "os anos dourados" da Blue Note (1955-67). Com o nascimento dos Jazz Messengers e do hard bop nasceu também "o som Blue Note" (que não se pode dissociar da chegada à equipa do engenheiro Rudy Van Gelder). Se à encarnação do espírito do tempo protagonizada pelos vários colectivos dos Jazz Messengers (e pelas sessões individuais dos seus membros) se acrescentar a presença de nomes como Sonny Rollins, Johnny Griffin, Cannonball Adderley (com Miles), Sonny Clark, Jackie McLean, Stanley Turrentine ou Dexter Gordon, é fácil adivinhar a grandeza da música reunida em casa de Alfred Lion. Obviamente, Coltrane e o seu "Blue Train" também não podiam faltar. "Volume 3 - Organ and Soul 1956-1967": sobre duas palavras, organ + soul, construiu Jimmy Smith, uma descoberta da Blue Note, o seu altar. E com ele começou o reinado do órgão Hammond. A febre dos combos com órgão (e sax tenor) inundou o mundo e a Blue Note arrecadou, além do mestre, alguns dos seus bons discípulos, de Baby Face Willette e Freddie Roach a John Patton. Os outros destaques vão para o guitarrista Grant Green (em matéria de soul, poucos dispunham de um capital funky tão rico como ele) e para a evocação de dois dos nomes, Lee Morgan e Hank Mobley, que melhor combinaram o vocabulário do soul jazz com o idioma hard bopper. Com o "Volume 4 - Hard Bop and Beyond 1963-1967" e o "Volume 5 - The Avant Garde 1963-1967" concluem-se os capítulos mais brilhantes da saga Blue Note. O primeiro foi escrito por alguns dos melhores jazzmen dos anos anos 60. Nos 17 temas seleccionados não há nada para deixar de lado: Dexter e Mobley, Wayne Shorter e Joe Henderson, Lee Morgan, Kenny Dorham, Freddie Hubbard e Blue Mitchell, Herbie Hancock e Horace Silver, McCoy Tyner e Bobby Hutcherson, Art Blakey e Pete LaRoca. Estranha é a ausência de qualquer disco de Elvin Jones. A partir de 63, Alfred Lion também colheu os frutos das sementes do free jazz, juntando ao seu espólio obras seminais de Eric Dolphy, Ornette Coleman e Don Cherry, Cecil Taylor, Andrew Hill e Larry Young, Jackie McLean, Sam Rivers e Tony Williams. A música reunida nestes dois volumes bastaria para colocar a Blue Note no centro da história do jazz gravado.O bom senso de Michael Cuscuna explica o hiato que separa o volume 5 dos "Volume 6 - The New Era 1975-1998" e "Volume 7 - Blue Note Now as Then 1994-1995". Os anos da depressão foram duros e o pouco material seleccionado para ilustrar esses dias traduz bem o processo de adulteração que a Blue Note sofreu com as fusões jazz-rock e pop. Retomada a história com o renascimento em 1985, voltam os exemplos da grande música que regressou à Blue Note. É certo que a pujança do passado não ressuscitou. Mas esse é um problema não só da Blue Note mas do próprio jazz. Com a ajuda de Don Pullen, Joe Lovano, Jacky Terrasson, Greg Osby, Geri Allen, John Scofield, entre outros, a Blue Note recuperou a dignidade perdida. A.C.Blue Note 7243-4-96427; 15h 51'; 1939-1995distri. EMI-Valentim de Carvalho

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