Estónia Deputados russos visitaram memorial ao soldado do Exército Vermelho

Deputados russos visitaram ontem em Tallinn o controverso monumento dedicado ao soldado do Exército Vermelho, cuja deslocação para um cemitério militar da capital estoniana provocou violentas manifestações na semana passada, de que resultaram um morto e 153 feridos. Os delegados da Duma foram impedidos, porém, de observar o local em que a estátua se encontrava antes, no centro de Tallinn, onde decorrem escavações às sepulturas de soldados mortos na guerra contra os nazis: foram já encontrados nove caixões. Um grupo de sete activistas russos foi impedido, também ontem, de entrar na Estónia, com a alegação de que consituíam uma ameaça à segurança do país. A decisão de retirar a estátua de bronze do centro de Tallinn provocou uma crise diplomática profunda entre a Rússia e a Estónia, país onde mais de um quarto dos 1.3 milhões de habitantes são de origens russas, metade dos quais não detendo cidadania estoniana. A embaixadora da Estónia em Moscovo, Marina Kaljurand, denunciou no programa Europe Today da BBC que uma manifestação de 500 jovens está a bloquear o acesso à missão diplomática: "estão a cometer actos de vandalismo, a escrever nas paredes da embaixada e a atirar pedras" e a polícia "encolhe os ombros e diz que a situação não está sob a sua alçada". Por isso, considera que o local "não é seguro". Para os estonianos, a estátua do soldado constitui uma afronta, um símbolo da ocupação soviética - o país foi incorporado na União Soviética em 1940 e, depois da ocupação nazi entre 1941 e 1944, voltou a estar sob o domínio soviético até 1991. Mas os russos vêem o monumento como um tributo àqueles que combateram os nazis e consideram o desmantelamento um acto bárbaro. "Este comportamento blasfemo e inexplicável por parte das autoridades da Estónia não vai ajudar a que se obtenha um entendimento mútuo", avisou um dos membros da delegação russa que ontem esteve em Tallinn, Leonid Slutski. O Presidente ucraniano Victor Iuschenko afastou dois juízes do Tribunal Constitucional, último árbitro da crise política em torno da dissolução do Parlamento, gesto denunciado pelos pró-russos como "anticonstitucional". Siusanna Stanik e Valeri Pchenytchny, nomeados no âmbito da quota do chefe de Estado, foram afastados por terem "violado o juramento", de acordo com o site oficial da presidência. O primeiro-ministro pró-russo, Victor Ianukovitch, e os seus aliados denunciaram o que classificaram como uma "revolta anticonstitucional" e uma tentativa de "paralisação" do tribunal.
Pelo menos trinta civis, incluindo várias mulheres e crianças, foram mortos durante o fim-de-semana na sequência dos combates que causaram a morte, segundo o exército americano, de 136 taliban, anunciou ontem a polícia afegã. Um porta-voz das forças estrangeiras afirmara que tinham sido tomadas medidas para evitar mais vítimas entre a população. Ontem realizaram-se vários protestos contra a morte de civis nestas operações. Entretanto um porta-voz das forças afegãs anunciou a morte de 60 islamistas só no primeiro dia de uma nova ofensiva da ISAF, a força da Aliança Atlântica, contra os taliban.
O Conselho de Segurança da ONU apelou ontem ao Governo marroquino e à Frente Polisário que negoceiem sem condições o futuro do Sara Ocidental, sob a égide das Nações Unidas, com vista à autodeterminação do território. A resolução, número 1754, acolheu recomendações nesse sentido feitas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, encarregado de organizar o diálogo. O texto não toma posição sobre qualquer dos planos apresentados pelos dois lados. O Conselho prorrogou ainda por mais seis meses o mandato da Missão da ONU para a Organização de um Referendo no Sara Ocidental.
A principal força da oposição do Mali, a Frente para a Democracia e a República, que denunciou fraudes durante a primeira volta das presidenciais do dia 29 de Abril, anunciou ontem que vai apresentar um recurso de anulação do escrutínio perante o Tribunal Constitucional. O anúncio foi feito quando os resultados ainda não tinham sido publicados. O Ministério da Administração do território anulou duas conferências de imprensa, quando partidários do Presidente cessante, Amadou Touré, candidato a um segundo e último mandato, reivindicavam vitória por uma larga margem.
Seis estrangeiros, incluindo quatro italianos e um americano, foram raptados ontem de manhã numa plataforma petrolífera da Chevron, no Sul da Nigéria, num ataque reivindicado pelo Movimento de Emancipação do Delta do Níger (MEND), o principal grupo separatistas da região. O sexto será croata. Os raptores anunciaram que libertarão os reféns em troca de um resgate, a ser pago pela multinacional petrolífera e o Governo do estado de Bayelsa. Os atacantes assaltaram a instalação com dinamite. O MEND deu ainda cota da morte de vários elementos das forças de segurança nigerianas.
Um condutor de camiões acusado de assassinar cinco mulheres no Leste de Inglaterra irá a tribunal no próximo ano, após ter desmentido ontem as acusações. Steve Wright, 49 anos, foi detido na sequência de uma das maiores operações de busca do país depois de cinco prostitutas serem assassinadas no espaço de 11 dias, em Dezembro de 2006. Os corpos das vítimas foram encontrados abandonados em zonas rurais em redor da cidade de Ipswich. Numa audiência ontem, Wright declarou-se "não culpado" a cada um dos cinco assassínios. Vai começar a ser julgado a 14 de Janeiro.

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