Em Agosto, a imagem de Omran Daqneesh, um menino sírio de cinco anos, tornou-se viral no mundo como um novo símbolo da guerra na Síria. O “rapaz da ambulância”, como ficou conhecido, foi resgatado coberto de pó e sangue após a sua casa ter sido atingida num bombardeamento. O olhar vago, tranquilo e distante de Omran também não passou despercebido a Alex, um menino de seis anos, que vive nos arredores de Nova Iorque. Alex sentou-se à mesa da cozinha e escreveu uma carta ao presidente dos Estados Unidos.

“Caro Presidente Obama, lembra-se do rapaz que foi resgatado numa ambulância na Síria? Poderia ir buscá-lo e trazê-lo para a minha casa, por favor?”, escreveu Alex. “Vamos dar-lhe uma família e ele será nosso irmão. A minha irmã mais nova, Catherine, vai apanhar borboletas e pirilampos para ele. Na minha escola, tenho um amigo da Síria, Omar. Vou apresentá-lo ao Omar e podemos brincar todos juntos”.

Barack Obama leu a carta de Alex na Cimeira de Líderes sobre os Refugiados, que decorreu esta semana, em Nova Iorque. “A humanidade que uma criança pode apresentar, que não aprendeu a ser cínica, ou desconfiada, ou com medo de outras pessoas por causa do sítio de onde elas vêm, ou da sua aparência, ou da sua religião, e que apenas tem noção de que deve tratar alguém que é como ele com compaixão, com bondade - podemos todos aprender com o Alex”, disse Obama.