Lesbian Chic

Mais uma série sobre as melhores das amizades. E sobre o melhor do sexo. E sobre o amor. Desta vez entre mulheres.

Tudo é glamoroso em The L Word, a série que hoje estreia na 2: depois da meia-noite. As mulheres são lindas e sofisticadas. Vivem na zona mais trendy de Los Angeles, passam a vida em festas, cafés, restaurantes e inaugurações. Trabalham (pouco), namoram muito e passam a vida embrulhadas em cenas de sexo escaldante. São as melhores das amigas e são lésbicas."Queria escrever uma série sobre as vidas das mulheres que eu conheço em Los Angeles", resumiu à Reuters a criadora de The L Word, Ilene Chaiken, quando a série estreou nos EUA, em finais de 2003. Mas alguém conhece mulheres assim? Não. Daí o sucesso.
A série, lançada pela cadeia Showtime depois da "revolução" que foi Queer as Folk (com muitos homens gay e muito sexo também), foi concebida (e bem sucedida) para construir uma legião de seguidores - hetero e homossexuais - das vidas de um complexo conjunto de personagens que hoje vão ser apresentadas no episódio-piloto que vai para o ar na 2:
Bette (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman) são o exemplo do casal estável. Vivem juntas há sete anos, o sexo já não é o que era dantes e decidem ter um filho. O vizinho do lado é Tim (Eric Mabius), um simpático heterossexual que se dá muito bem com o mulherio da vizinhança, até ao dia em que descobre, aparvalhado, que a sua namorada Jenny (Mia Kirshner) se anda a consumir de paixão pela sedutora Marina (Karina Lombard).
Há também Kit (Pam Grier), a meia-irmã de Bette, que é uma cantora com um passado de alcoolismo; Shane (Katherine Moenning), uma super-sexy maria-rapaz que colecciona mulheres como quem colecciona cromos de futebol; Alice (Leisha Hailey, que se saiba, deste grupo é a única lésbica na vida real), uma jornalista bissexual que mantém um mapa exaustivo de quem-é-que-já-foi-para-a-cama-com-quem em West Hollywood; e Dana (Erin Daniels), uma tenista profissional que ainda não "saiu do armário" e que tem grandes dificuldades nas suas conquistas amorosas.
Na crítica que publicou quando a série estreou nos EUA, o San Francisco Chronicle escreveu: "No final do episódio-piloto, fica-se com vontade de seguir estas personagens pelas suas vidas fora - o que é o aspecto mais importante para construir uma série televisiva. A qualidade da escrita e da representação relegam as cenas de sexo, por muito escaldantes que essas possam ser, para um estatuto de papel secundário." Resumindo: "Pode-se ir lá pelo sexo, mas depois volta-se todas as semanas pela história." E por Shane...

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