Empresário insiste que câmara e PSD das Caldas da Rainha lhe devem gasóleo e dinheiro

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Alberto Pinheiro, um empresário das Caldas da Rainha, apresentou ao PSD local facturas que totalizam perto de 10 mil euros por serviços prestados na campanha eleitoral de 2009 e que o partido julgava terem sido oferecidos. Em causa está o fornecimento de um camião-palco (4000 euros), um estrado e sistema de som para um jantar de campanha (3000 euros) e sonorização automóvel (600 euros), que o presidente da concelhia do PSD, o autarca Fernando Costa, pensava terem sido "cedidos" ou "emprestados". Com IVA, estes serviços ascendem a 10 mil euros, mas Fernando Costa diz que são "manifestamente exagerados".

O presidente da concelhia das Caldas e da distrital de Leiria do PSD, diz que o preço "seria razoável, se fosse metade", mas reconhece que o seu partido "não está em condições de discutir" e provavelmente terá de pagar aquele montante.

Considera o assunto muito desagradável: "É a história mais dolorosa por que já passei", desabafou no final de uma conferência de imprensa na terça-feira. A sua preocupação, explica, é travar as tentativas da oposição "e de alguma comunicação social" de misturar assuntos do município que lidera há 26 anos com os do PSD.

É que Alberto Pinheiro, também militante do PSD, só resolveu apresentar estas facturas ao partido depois de o autarca ter mandado suspender-lhe o fornecimento de gasóleo. Era prática habitual a autarquia encher-lhe os geradores após os espectáculos contratados pelo município, uma vez que compra o gasóleo à Galp com um desconto de 9 cêntimos. Só que não havia um controlo eficiente desses abastecimentos. O presidente da câmara admitiu que "qualquer vereador, o encarregado geral, qualquer quadro médio ou superior da autarquia podiam dar a indicação para reabastecer".

"Chantagem"

Entre 2008 e 2011, Alberto Pinheiro abasteceu-se de 8660 litros de gasóleo. Quando soube disso, em Maio de 2011, Fernando Costa mandou parar com os abastecimentos e contratos com o empresário. Um ano depois, os dois tiveram uma "discussão agressiva", tendo o autarca acusado o empresário de "chantagem" quando este ameaçou apresentar as facturas da campanha do PSD. "Disse-lhe para ir receber" ao PSD, contou o autarca. E Alberto Pinheiro foi.

Em reunião de câmara, e sob o fogo da oposição, Fernando Costa propôs que o assunto fosse entregue ao Ministério Público ou que se fizesse um inquérito interno, hipótese que venceu, com o acordo dos três vereadores do PSD, dois do PS e um do CDS.

Ao PÚBLICO, o empresário Alberto Pinheiro diz que ainda tem a haver 4000 litros de gasóleo por espectáculos realizados para a autarquia. Quanto ao PSD, diz que os cerca de 10 mil euros pedidos são o preço habitual. "Eles sabem-no perfeitamente, porque já me tinham contratado mais vezes", disse o empresário, acrescentando que foi chamado para a campanha do PSD pelos vereadores Hugo Oliveira, Maria da Conceição Pereira e Tinta Ferreira ­­- três candidatos à sucessão de Fernando Costa.

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