Carris não quer motos nas faixas bus por questões de segurança

A Carris discorda da utilização dos corredores bus por parte de motociclos e ciclomotores, considerando que tal iria gerar insegurança, além de provocar uma diminuição da velocidade dos autocarros.

A Câmara de Lisboa discute hoje uma proposta do PCP com vista à abertura das faixas bus aos veículos motorizados de duas rodas e à cobertura ou eliminação, num prazo de seis meses, das linhas de eléctricos desactivadas. A Associação Moto Clube Virtual, que reúne mais de 8000 membros na Internet, pediu à presidência da autarquia que apoie a iniciativa e apelou a todos os motociclistas para que durante a sessão camarária se concentrem na Praça do Município.

A proposta conta, porém, com a oposição da Carris, cujo secretário-geral sublinha que a largura daquelas vias "é já algumas vezes insuficiente para acomodar os autocarros, pelo que a eventual partilha [com motociclos] geraria situações de insegurança ou de redução da velocidade comercial". Luís Vale acrescenta que se a ideia do PCP fosse avante, estaria a "fomentar-se o uso de ciclomotores e motociclos, penalizando, no entanto, o transporte público, ao invés de procurar a melhoria das suas condições de circulação".

O mesmo responsável lembra ainda que "o Código da Estrada é claro quanto aos veículos cuja circulação é permitida naquelas vias: apenas veículos de transporte regular de passageiros, táxis e veículos de emergência". Quanto à cobertura ou eliminação das linhas de eléctrico sem funcionamento, Luís Vale explica que está em causa uma extensão de 11 quilómetros, acrescentando que a responsabilidade da manutenção do pavimento passa a ser da autarquia quando as linhas são desactivadas.

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