França O pior adeus de Zidane

Zinedine Zidane (nota 5) encerrou a carreira de futebolista da pior maneira. Uma agressão a Materazzi (em respoasta a provocações?), aos 109", levou à expulsão. Um acto inexplicável para um jogador com a sua experiência. No restante, esteve ao seu nível. Apontou o penalti que colocou a França em vantagem, foi uma fonte de problemas para os seus marcadores e viu Buffon, já no prolongamento, negar-lhe o golo a um cabeceamento certeiro.Na baliza, Barthez (6) esteve sempre seguro, não tendo responsabilidades no golo de Materazzi. Não imitou o português Ricardo nos apenaltis, acabando por não defender nenhum. A defesa foi liderada pelas "torres" Gallas (7), este foi mais uma vez um dos pilares, e Thuram (7), que fez da dupla com o defesa do Chelsea uma autêntica muralha para o ataque italiano.
Nas alas, Sagnol (6) não subiu tanto no terreno como o seu colega no flanco esquerdo, mas quando o fez acabou por criar perigo, através de alguns cruzamentos. Viu o amarelo por uma entrada feia sobre Grosso. Abidal (6) foi seguro a defender e envolveu-se por diversas ocasiões nos lances de ataque em apoio a Malouda.
O meio-campo voltou a recorrer ao músculo de Makelele (7). Esteve bem e com trabalho acrescido com a saída de Vieira. Destaque para alguns passes em profundidade bem conseguidos. A força de Vieira (6) não bastou e este acabou por ficar ligado ao golo do empate italiano, ao não evitar o cabeceamento de Materazzi, que marcava. Um erro que acabou por manchar uma excelente exibição. Saiu lesionado no segundo tempo.
Na frente, Domenech não abdicou do tridente de apoio a Henry. Ribéry (6) começou discreto mas foi subindo de ritmo, fazendo uso da sua velocidade para ultrapassar a defesa transalpina pelo lado direito. Desperdiçou uma soberana oportunidade de golo no prolongamento. Foi substituído logo de seguida. No flanco oposto, Malouda (6) sofreu a falta da grande penalidade. A sua velocidade e os cruzamentos tensos colocaram os maiores problemas à defesa italiana. Abusou, no entanto, das simulações de faltas. Henry (6), muito marcado, fez o que pôde para fugir aos centrais. Algumas iniciativas individuais pontuaram a sua exibição, mas saiu esgotado.
Do banco vieram Diarra (5), substituiu Vieira, mas não o fez esquecer, e Trezeguet (5). O avançado da Juventus falhou o seu penalti, atirando à barra - e isso foi o fim da França na final de Berlim. Wiltord (5) entrou no prolongamento para o lugar de Henry, mas numa fase em que a principal preocupação da equipa, com a expulsão de Zidane, já era a de por segurar o empate. Paulo Curado

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