a Uma força naval da NATO que se prepara para integrar a Força de Resposta da Aliança Atlântica (NRF), composta por navios das marinhas portuguesa, espanhola, alemã e norte-americana, chegou ontem a Lisboa, onde ficará até segunda-feira. No navio-chefe espanhol Blas de Lezo, atracado no Porto de Lisboa, o contra-almirante da marinha espanhola Juan Rodriguez disse à comunicação social que neste momento a força naval SNMG 1 (Standing NATO Maritime Group One) "está a preparar-se, mantendo vigilância marítima".
"Estamos numa fase de preparação para integrar a NRF", continuou o contra-almirante espanhol. A fase de preparação termina com um processo de certificação em Junho. "A NATO certificará que estamos prontos para fazer parte da NRF e desempenhar as missões que sejam necessárias."
"Faremos parte dessa força em Agosto e está previsto que sejamos sete em vez de quatro navios. Estamos para aumentar a compatibilidade entre as marinhas, para desenvolvermos confiança mútua", acrescentou Juan Rodriguez, que comanda a SNMG1 desde Janeiro e no início de 2009 será substituído por um português.
Questionado sobre a conjugação das diferentes marinhas, Rodríguez respondeu que "a coesão entre as forças da NATO está já muito desenvolvida, existem procedimentos comuns": "Tenho menos dificuldades em entender um marinheiro português que um advogado espanhol."
Chegaram a Lisboa, juntamente com o Blas de Lezo - um navio de defesa antiaérea, que dispõe do sistema de radar AEGIS, que rastreia alvos ininterruptamente -, a fragata portuguesa Vasco da Gama, a alemã Lbeck e a americana USS Nicholas, os quatro vasos de guerra que actualmente integram a SNMG1. O objectivo da SNMG1 é proporcionar uma capacidade permanente à disposição da NATO para qualquer missão que lhe possa ser destinada.