António Ramos Rosa, de 82 anos, foi distinguido com o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2006, referente à poesia publicada em 2005, pelo livro Génese seguido de Constelações (Roma Editora), anunciou a Fundação Luís Miguel Nava. O prémio, de 5000 euros, foi atribuído por unanimidade por um júri formado por Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Paulo Teixeira (todos da direcção da fundação) e um elemento convidado, o poeta Manuel António Pina, vencedor do galardão em 2003. Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães e Luís Quintais já receberam o prémio criado em 1997. Entre outras distinções, Ramos Rosa recebeu o Prémio Pessoa em 1988.

O ÓBITO

Paul Mauriat, o maestro francês da música ligeira O maestro francês Paul Mauriat, autor de vários arranjos orquestrais de canções que fizeram sucesso na década de 1960, morreu na passada sexta-feira, na cidade francesa de Perpignan, aos 81 anos, mas a notícia só foi divulgada ontem. Love is Blue (1968), uma canção escrita por André Popp e originalmente interpretada por Vicky Leandros, foi uma dessas músicas que dominaram o top norte-americano, mas que também granjearam notoriedade na Europa e no Japão. Charles Aznavour, Maurice Chevalier e Mireille Mathieu foram outros intérpretes de canções posteriormente arranjadas e tornadas famosas pela sonoridade "ligeira" da orquestra de Mauriat. Nascido em 1925, em Marselha, Mauriat cresceu em Paris e formou a sua orquestra ainda durante a II Guerra Mundial - e, na década de 1950, fez várias digressões com Aznavour. A última apresentação pública da Orquestra de Paul Mauriat aconteceu em Osaka, em 1998, mas a formação continua a actuar, com o seu nome, regularmente em vários países asiáticos. Em 2002, Serge Elhaik editou uma "biografia autorizada" do maestro, intitulada Une Vie en Bleu.

O NÚMERO

125.000

euros foi o valor atingido por Birth (1960), um quadro a óleo de Paula Rego vendido terça-feira em leilão pela casa Leiria & Nascimento, em Lisboa. Visto da Janela (1966), de Júlio Pomar, chegou aos 100 mil euros, enquanto Vista de Setúbal com o Sado, de João Vaz, foi vendido por 70 mil.