Ryuichi Sakamoto - Opus, Evil Does Not Exist e outros filmes para ver esta semana

O Ípsilon e o Cinecartaz trazem-lhe mais uma selecção de filmes disponíveis a partir de hoje.

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Ryuichi Sakamoto - Opus
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Evil Does Not Exist - O Mal Não Está Aqui
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Uma Vida Singular
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How to Have Sex - A Primeira Vez
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Falecido no dia 28 de Março de 2023, o japonês Ryuichi Sakamoto ficou mundialmente conhecido pela sua música electrónica e também pelas emblemáticas bandas sonoras dos filmes Feliz Natal, Mr. Lawrence (1983), de Nagisa Oshima (Palma de Ouro em Cannes e BAFTA de melhor banda sonora) e de O Último Imperador (1987), de Bernardo Bertolucci (que lhe valeu o Óscar).

No final de 2022, poucos meses antes de morrer, Sakamoto entrou no estúdio 509 da emissora pública japonesa NHK, em Shibuya (Tóquio), e criou um concerto onde tocou a solo 20 das peças mais distintivas dos seus 50 anos de carreira, num evento que foi transmitido via streaming para vários países do mundo.

As razões para um espectáculo nesses moldes explicou-as assim: “A minha força decaiu bastante, por isso um concerto de uma hora a 90 minutos de duração seria muito difícil”. “Por conseguinte, gravei-o tema a tema e montei-o para que possa ser apresentado como um concerto convencional – o que acredito que possa ser prazeroso da forma mais normal possível. Apreciem.”

E foi dessa derradeira performance que resultou este Opus, um filme-concerto realizado pelo seu filho Neo Sora que se estreou no Festival de Cinema de Veneza e que chega agora às salas de cinema portuguesas.

Crítica, salas e horários

Takumi e sua filha Hana moram numa pequena aldeia no centro de uma floresta nos arredores de Tóquio. A tranquilidade das suas existências é ameaçada quando ali surge um projecto de campismo de luxo que pretende atrair turistas com a promessa de experienciar a natureza em estado puro.

A comunidade, que se habituou a rodear-se de montanhas e lagos quase inexplorados, opõe-se, percebendo o quanto isso pode alterar o equilíbrio do ecossistema e das suas vidas.

Seleccionado para o Festival de Veneza de 2023, onde foi recebido com uma ovação de pé e arrecadou o Grande Prémio do Júri, um drama de teor ambientalista com assinatura de Ryûsuke Hamaguchi.

A banda sonora é da autoria da cantora e compositora Eiko Ishibashi, que já tinha colaborado com Hamaguchi no filme Drive My Car, que mereceu o Óscar de melhor filme internacional (Japão), categoria em que também arrecadou um Globo de Ouro e um BAFTA. As actuações ficaram a cargo de Hitoshi Omika, Ryô Nishikawa, Ryûji Kosaka e Ayaka Shibutani.

Crítica, salas e horários

Proveniente de uma família judia, Nicholas George Winton nasceu em Londres, no dia 19 de Maio de 1909. O maior feito da sua vida aconteceu durante o ano de 1938, pouco antes do início da Segunda Grande Guerra.

Ao perceber que a Checoslováquia estaria prestes a ser invadida pelas tropas alemãs (algo que se prolongou até 1945), associou-se a voluntários do Comité de Refugiados do país, ajudou a fazer uma lista de crianças com menos de 17 anos e arranjou um plano de transporte e acolhimento em Inglaterra, para que fossem poupadas aos campos de concentração nazis, para onde milhões de outras pessoas acabariam por ser levadas.

Essa operação de trazer crianças para Inglaterra, organizada pelo Governo britânico e pela sociedade civil, ficou conhecida como Kindertransport. As proezas de Nicholas Winton só foram tornadas públicas em 1988, quando foi convidado para o programa That's Life!, da BBC, em que foi surpreendido com a presença de algumas das 669 pessoas que salvara 50 anos antes.

Em 2003, Winton foi nomeado cavaleiro pela Rainha Isabel II (1926-2022) e, em 2014, agraciado com a Ordem do Leão Branco, a mais alta distinção da República Checa, pelo então presidente Miloš Zeman.

Estreado no Festival de Cinema de Toronto, este drama biográfico foi realizado por James Hawes e tem por base a história verídica de Sir Nicholas Winton (1909-2015), também conhecido como “Schindler britânico”, numa referência a Oskar Schindler (1908-1974).

Com Anthony Hopkins e Johnny Flynn a dar vida ao protagonista nas duas fases de vida em que o filme se intercala, o elenco conta ainda com Lena Olin, Romola Garai, Alex Sharp, Jonathan Pryce e Helena Bonham Carter.

Crítica, salas e horários

As inglesas Tara, Em e Skye têm 18 anos, terminaram o liceu e estão exultantes com a sua primeira viagem sem a supervisão dos pais. Num resort em Mália, na ilha de Creta (Grécia), esperam viver as melhores férias das suas vidas. Mas, entre praia, discotecas, bebidas alcoólicas e envolvimentos fugazes, vão-se deparar com situações para as quais não estavam preparadas.

Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um drama sobre sexo e consentimento, escrito e dirigido por Molly Manning Walker, na sua estreia em realização. No elenco participam Mia McKenna-Bruce, Lara Peake, Samuel Bottomley, Shaun Thomas, Enva Lewis e Laura Ambler.

Crítica, salas e horários

A vida de Adam (Andrew Scott) altera-se na noite em que conhece Harry (Paul Mescal), o vizinho do sexto andar. À medida que o relacionamento se adensa e o amor entre eles se revela, emoções há muito reprimidas por Adam parecem vir à superfície, criando nele uma súbita necessidade de regressar à casa onde passou a infância, situada numa pequena cidade dos subúrbios de Londres.

Nessa casa, ele encontra os pais (Claire Foy e Jamie Bell), que aparentam ter a mesma idade que tinham quando morreram, 30 anos antes, num trágico acidente de automóvel.

Realizado e escrito por Andrew Haigh (45 Anos, O Meu Amigo Pete), uma história terna sobre a perda, a solidão e o amor nas suas diversas formas, que tem por base o romance homónimo, escrito em 1987 pelo japonês Taichi Yamada (1934-2023) — já adaptado a cinema em 1988 por Nobuhiko Obayashi.

Disponível na Disney +

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