Morte de homem em Alqueva depois de passeio de balão envolta em mistério
Alerta foi dado às 10h19. Vítima é um homem português de 55 anos. Inicialmente, a Protecção Civil e os bombeiros tinham garantido que o homem caíra de um balão à água.
Um homem de 55 anos foi este domingo encontrado sem vida nas águas da barragem de Alqueva, no concelho de Mourão, depois de ter participado num passeio de balão de ar quente, confirmou ao PÚBLICO fonte do Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Évora.
Segundo a GNR, o homem, de nacionalidade portuguesa, terá pedido para interromper a viagem no balão de ar quente, que tinha começado em Monsaraz, quando este já se encontrava no ar. O balonista aterrou o balão para que a vítima saísse e retomou o voo, contactando a equipa de apoio destes passeios, que está sempre em terra "para alguma eventualidade". Quando a equipa de apoio chegou ao local, terá encontrado o homem sem vida, dentro de água. As autoridades desconhecem para já como é que a vítima foi parar à água e qual foi a causa da morte.
A mesma fonte acrescentou que a Polícia Judiciária foi contactada para apurar as circunstâncias da morte.
A namorada da vítima mortal, Alexandra Santos, apresentou à agência Lusa uma versão diferente dos acontecimentos. Segundo ela, o balão preparava-se para aterrar na margem quando, devido ao vento, mudou de direcção. "O balão começou a inclinar-se para a água, por causa dos ventos, e, à velocidade a que íamos, o piloto também não teve hipótese e batemos na água, mas muito perto da margem. Ficámos todos com os pés molhados", relatou.
No entanto, prosseguiu Alexandra Santos, o veículo aéreo "continuou a andar" para a zona interior da albufeira, tendo então o piloto sugerido que alguns passageiros "fossem para o lado de fora para puxarem o cesto para terra". O homem, que acabou por morrer, entrou então na água, "o balão subiu" e "voltou a bater na água", pela segunda vez, agora "já mais distante da margem", salientou esta testemunha. Alexandra Santos acrescentou que o namorado "não tinha pé na zona onde ficou".
Em declarações à Lusa, Tiago Ramos, do Serviço Municipal de Protecção Civil de Mourão, limitou-se a adiantar que os bombeiros, quando chegaram ao local, encontraram o corpo junto à margem da albufeira. A viagem turística, acrescentou, tinha começado em Monsaraz, no concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz.
O alerta para a ocorrência foi dado às 10h19. Numa primeira fase, foi avançado pela Protecção Civil ao PÚBLICO que uma pessoa teria caído do cesto de um balão de ar quente para as águas da barragem de Alqueva. Esta informação foi também confirmada pelos Bombeiros Voluntários de Mourão, que garantiram ter recebido uma chamada para socorrer uma pessoa que tinha caído de um balão de ar quente na direcção da barragem.
À Lusa, o comandante dos Bombeiros de Mourão, Fábio Quintas, disse que a vítima “estava em paragem cardiorrespiratória” quando os operacionais da corporação a retiraram da água.
No local estiveram sete viaturas e uma embarcação, com 18 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Mourão, da GNR, do INEM e do Serviço Municipal de Mourão. O óbito foi declarado pelo médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação. com Lusa
Notícia corrigida às 13h45 com os factos apresentados pela GNR e contextualização da versão apresentada pela Protecção Civil.
Notícia actualizada às 23h com a versão da namorada da vítima mortal
