Clara Não: “Gosto de desconstruir símbolos”

Sucesso no Instagram, a activista e artista Clara Não aponta o dedo ao machismo, separa águas na religião e fala da importância que a terapia tem na sua vida. Não destrói símbolos, mas desconstrói-os.

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Abrimos a porta e há um gato a brincar no chão: é o Meli — ou a Meli. “Tanto faz, é gender neutral”, explica a anfitriã. Em 2015, Clara Não, nome artístico de Clara Costa e Silva, começou a publicar as suas ilustrações no Facebook. Hoje, é na rede social ao lado — o Instagram — que mais de 170 mil pessoas a seguem para acompanharem o que diz, desenha e escreve sobre feminismo, libertação sexual e outros temas. Não adora símbolos ou tradições, mas rejeita que os queira destruir — apenas “desconstruir”, explica nesta entrevista. Da árvore cristã, retira os frutos de que gosta e esmaga os que não gosta; dos problemas sociais, aponta o dedo ao machismo; das lutas internas, louva a ajuda da terapia. Durante a sua adolescência, reprimiu-se sexualmente: agora, escreve para o país sobre como é errado fazermo-lo. Fá-lo no Expresso, onde tem uma crónica e uma newsletter semanais que vão expondo, com alguma crueza, o que é ser-se mulher e sensível à luta dos marginalizados.

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