Um breve regresso a uma ligeira normalidade na política

O Governo fica a ganhar por ter a iniciativa e abrir-se às propostas dos outros, como o PS ganha se prescindir de uma pose irredutível. Saber durar sempre foi uma das maiores qualidades dos políticos.

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O Governo parece ter finalmente descoberto que governar é como andar de bicicleta: se deixar de pedalar, cai. Depois das primeiras semanas de vazio que foram de imediato ocupadas pelas manobras da oposição, decidiu tomar a iniciativa e voltou a dar de si a imagem do que tem de ser: um Governo. Parece pouco, mas não é: bastou para instalar no país a ideia de que é possível ter atenção sobre os problemas do país e dar-lhes respostas. Parece fácil, mas não é: é preciso mostrar determinação, coragem e confiança para justificar a sua existência e reforçar a sua legitimidade. Sem as medidas para o complemento solidário para idosos, sem os acertos na política de habitação e, ainda mais, sem o anúncio da localização do novo aeroporto de Lisboa, estaríamos hoje focados na miserável tentativa do Chega de destituir o Presidente da República por suposta traição à Pátria.

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