Festival em Sagres traz mergulho e observação de golfinhos para celebrar as florestas marinhas

O Porto da Baleeira, em Sagres, acolhe a segunda edição do Festival das Florestas Marinhas de 7 a 11 de Maio. Há observação de golfinhos e de algas, mergulho e várias actividades.

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Sagres acolhe o Festival das Florestas Marinhas até 11 de Maio (sábado) Rui Gaudêncio
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O Festival das Florestas Marinhas está de regresso ao Porto da Baleeira, em Sagres, no concelho de Vila do Bispo. De 7 a 11 de Maio, há um programa repleto de actividades para explorar e celebrar a diversidade marinha da região, entre palestras, observação de golfinhos e de algas, workshops, mergulhos e uma feira de artesanato e gastronomia, entre outras sugestões.

Aliando “ciência, conservação e educação” para divulgar a importância da biodiversidade das florestas marinhas, a iniciativa organizada pela Universidade do Algarve (UALg), pelo Centro de Ciências do Mar e município de Vila do Bispo pretende também “reforçar a importância geral destes seres vivos nos sistemas marinhos e na sua conversação”, e “envolver ainda mais a comunidade da região e os estudantes”, sublinha a nota de imprensa.

O festival arranca esta terça-feira com a visualização do filme Blue Forests, às 18h (há uma segunda sessão na quinta-feira). Já os dias 8 e 10 de Maio estão dedicados a duas palestras sobre algas marinhas, enquanto o sábado acolhe a maioria das actividades para o público generalista. Há baptismos de mergulho, passeios para observar a biodiversidade da costa de Sagres, dos golfinhos aos corais e algas do fundo marinho, um workshop de ilustração, conversas e uma feira expositiva, entre outros. O programa completo, assim como informações sobre as actividades que requerem reserva antecipada, pode ser consultado aqui.

“As florestas submersas são pouco acessíveis e muitas vezes desconhecidas pelos cidadãos, mas como só se ama e se protege o que se conhece, estas actividades de descoberta das diferentes componentes do meio marinho contribuem activamente para a sustentabilidade das acções de conservação destas áreas pela sociedade”, defende Alexandra Teodósio, vice-reitora da UALg para a Internacionalização e Desenvolvimento Sustentável e investigadora, citada em comunicado, lembrando que estes ecossistemas têm “um papel crucial na produção primária de alimento e contribuem de forma natural para o combate às alterações climáticas, pelo enorme potencial de absorção de CO2”.

Além do “valor patrimonial”, as florestas marinhas “revestem-se de inestimável valor económico, enquanto suporte de vida para muitas das espécies de peixes, moluscos e crustáceos marinhos cuja captura sustenta muitas das famílias de Vila do Bispo, sobretudo de Sagres, Salema e Burgau”, acrescenta Rute Silva, presidente da autarquia, em comunicado. “Ao aproximar o público em geral e a comunidade local do conhecimento científico produzido sobre a realidade das florestas marinhas, despertam-se consciências para a premente necessidade de conservar e recuperar estes ecossistemas vitais para a sustentabilidade dos mares de Sagres.”

O evento, integrado no programa PRR impulsos Jovem e Adulto FOSTEAM@SOUTH, conta ainda com o apoio da Junta de Freguesia de Sagres, da Docapesca e da Finisterra.

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