OIM alerta para “estereótipo sexual” sobre mulheres imigrantes brasileiras em Portugal

Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, divulgado esta terça-feira, louva a celeridade com que, durante a pandemia, Portugal tomou medidas excepcionais para responder às necessidades dos imigrantes.

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Os estereótipos sexuais sobre as imigrantes brasileiras em Portugal persistem Paulo Pimenta (arquivo)
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A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou esta terça-feira que ainda persiste um estereótipo sexual sobre as mulheres imigrantes brasileiras em Portugal, num relatório que destaca ainda o número elevado de homens portugueses emigrantes.

No Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, a estrutura das Nações Unidades abordou as tendências globais migratórias e salientou que "os estereótipos da hipersexualidade das mulheres nos países de destino também afectaram as mulheres migrantes, como as venezuelanas no Peru e as brasileiras em Portugal, estigmatizando-as como prostitutas e levando a riscos acrescidos de sofrerem assédio sexual e violência de género".

Num relatório que inclui a quase totalidade dos países do mundo, a OIM recordou também o impacto que a pandemia da covid-19 trouxe ao processo migratório. A pandemia "levou a que alguns países tomassem medidas excepcionais para responder às necessidades acrescidas dos migrantes em situação irregular", pode ler-se no relatório, que destaca o facto de Portugal ter actuado rapidamente, "regularizando temporariamente o estatuto de todos os migrantes".

A Itália viria depois a seguir o exemplo português, com "uma regularização específica para os trabalhadores migrantes em sectores-chave da economia".

No relatório publicado esta terça-feira, a OIM desataca que Portugal estava entre os 20 países com maior número relativo de emigrantes em 1995, um valor que baixou em 2020, de acordo com a contabilidade das autoridades.

No que respeita ao tipo de emigração, a Itália e Portugal são os dois países europeus que têm mais homens emigrantes que mulheres, segundo a OIM.

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