Hospital de campanha disponibilizado pelo Ministério da Defesa será instalado em São Miguel

Segundo um comunicado enviado às redacções, o Ministério da Defesa disponibilizou um hospital de campanha. Estrutura ficará nas instalações do hospital de Ponta Delgada, afectado por um incêndio.

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Incêndio no bloco operatorio no Hospital de Ponta Delgada terá começado no quadro elétrico da unidade hospitalar EDUARDO COSTA / LUSA
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O ministro da Defesa, Nuno Melo, disponibilizou um hospital de campanha das Forças Armadas para ser instalado nos Açores, na sequência do incêndio que deflagrou no hospital de Ponta Delgada, no sábado. José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores, confirmou que falou com Nuno Melo e que o Agrupamento Sanitário do Exército vai ser montado "para dar a resposta possível nas próprias instalações deste hospital".

Na nota enviada às redacções, o ministro da Defesa refere ainda que "o Governo Regional dos Açores procederá a uma avaliação das respectivas necessidades para determinação do âmbito da extensão da ajuda a prestar pelas Forças Armadas".

De acordo com José Manuel Bolieiro, que falava aos jornalistas depois da visita que fez, com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, a situação do hospital é pior do que aparenta, já que "toda a capacidade de garantir segurança máxima está afectada. E isso vai demorar muito tempo [a reparar] e nós não fazemos nada em precipitação".

"Tive oportunidade de falar com o senhor ministro da Defesa Nacional que tomou a iniciativa de me contactar para disponibilizar, da parte das Forças Armadas, um hospital de campanha que possa ser aqui já instalado para dar a resposta possível nas próprias instalações deste hospital", confirmou o presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM). Bolieiro agradeceu "a generosidade e a capacidade e competência" reveladas e destacou a "reacção imediata" ao incêndio.

O presidente do executivo regional elogiou ainda "a capacidade de compreensão e do contexto" apresentada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando suscitou a vinda da ministra da Saúde e da secretária de Estado da Saúde aos Açores, e admitiu que pode ser necessário o recurso a entidades privadas para a instalação do hospital de campanha.

A unidade de saúde já foi alvo de vistorias, mas ainda não há previsão para retomar o normal funcionamento do equipamento. No domingo, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública pelo prazo de um ano, mas que poderá ser "eventualmente prorrogável", segundo Bolieiro. O incêndio, que deflagrou no hospital de Ponta Delgada pelas 9h40 locais de sábado (10h40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16h11 locais (17h11 em Lisboa), obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

Notícia actualizada com novo título e nota enviada pelo Ministério da Defesa

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