Em dia de greve, milhares de funcionários públicos exigem valorização laboral

Trabalhadores exigem valorização das carreiras, subida do salário mínimo e reforço dos serviços públicos. Greve desta sexta-feira condicionou vários sectores da administração pública.

Trabalhadores da Administração Pública manifestam-se pelo aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150€ por trabalhador, contra o aumento do custo de vida, pelo reforço dos direitos, por melhores condições de vida e laborais na Administração Pública, pela urgente valorização do trabalho e dos trabalhadores e pelo reforço das funções sociais do Estado, a greve abrange trabalhadores das mais variadas áreas, como saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, segurança social e repartições de finanças, durante a greve de 42 horas convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, 17 de maio de 2024. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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Manifestação em Lisboa juntou milhares de trabalhadores MANUEL DE ALMEIDA
Trabalhadores da Administração Pública manifestam-se pelo aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150€ por trabalhador, contra o aumento do custo de vida, pelo reforço dos direitos, por melhores condições de vida e laborais na Administração Pública, pela urgente valorização do trabalho e dos trabalhadores e pelo reforço das funções sociais do Estado, a greve abrange trabalhadores das mais variadas áreas, como saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, segurança social e repartições de finanças, durante a greve de 42 horas convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, 17 de maio de 2024. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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Greve condicionou vários sectores da administração pública MANUEL DE ALMEIDA
Trabalhadores da Administração Pública manifestam-se pelo aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150€ por trabalhador, contra o aumento do custo de vida, pelo reforço dos direitos, por melhores condições de vida e laborais na Administração Pública, pela urgente valorização do trabalho e dos trabalhadores e pelo reforço das funções sociais do Estado, a greve abrange trabalhadores das mais variadas áreas, como saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, segurança social e repartições de finanças, durante a greve de 42 horas convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, 17 de maio de 2024. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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Funcionários da administração pública pedem salário mínimo de 1000 euros MANUEL DE ALMEIDA
Trabalhadores da Administração Pública manifestam-se pelo aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150€ por trabalhador, contra o aumento do custo de vida, pelo reforço dos direitos, por melhores condições de vida e laborais na Administração Pública, pela urgente valorização do trabalho e dos trabalhadores e pelo reforço das funções sociais do Estado, a greve abrange trabalhadores das mais variadas áreas, como saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, segurança social e repartições de finanças, durante a greve de 42 horas convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, 17 de maio de 2024. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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Protestos em Lisboa, nesta sexta-feira MANUEL DE ALMEIDA
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Milhares de trabalhadores da função pública concentraram-se esta sexta-feira em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, reivindicando medidas de valorização laboral, com críticas ao Governo pela ausência de respostas.

O protesto convocado pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública começou pelas 14h20 na Praça da Figueira e seguiu em direcção ao Ministério das Finanças, junto ao Terreiro do Paço, juntando milhares de trabalhadores, munidos com bandeiras e tambores. Pelo caminho gritavam-se frases de luta como "Contenção salarial só interessa ao capital" e "Sem carreiras atractivas nem cá ficam as formigas".

A par da manifestação, decorre esta sexta-feira uma greve dos trabalhadores da administração pública entre as 7h e as 23h59, que abrange a administração central. Na área da saúde, por exemplo, o pessoal auxiliar e administrativo da "maioria dos hospitais" está apenas a cumprir serviços mínimos, segundo o coordenador da Frente Comum.

"Neste momento já conseguimos confirmar que o pessoal auxiliar e administrativo na maioria dos hospitais está a cumprir serviços mínimos apenas", afirmou Sebastião Santana, acrescentando que, "nas repartições de finanças, há notícias de encerramentos também um pouco por todo o país". "Em Lisboa já confirmámos o encerramento da repartição 7 e 8", detalhou.

A paralisação levou também ao encerramento de várias escolas de Norte a Sul do país, incluindo na capital.

Ainda sem dados relativamente ao funcionamento dos tribunais, o dirigente sindical precisou também que "o atendimento na sede da Segurança Social, em Lisboa, está encerrado e o mesmo se passa em Torres Vedras e Alhandra". "Na Área Metropolitana de Lisboa há muitas delegações da Segurança Social encerradas", referiu.

De acordo com Sebastião Santana, os dados relativos à adesão à greve "ainda estão a chegar a conta-gotas", mas, até ao momento, "o sinal é bastante positivo".

A Frente Comum reivindica um aumento intercalar para todos os trabalhadores, a subida do salário mínimo para os 1000 euros ainda este ano, a valorização das carreiras, o reforço dos serviços públicos, bem como o início da negociação das medidas que integram a proposta reivindicativa comum, que foi também subscrita pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. Na perspectiva de Sebastião Santana, os motivos para fazer greve e protestar aumentaram com a chegada do novo Governo e o conteúdo do seu programa.

"No dia em que soubemos que a tutela da administração pública ia ficar no Ministério das Finanças entregámos o nosso caderno reivindicativo e até agora não tivemos qualquer resposta", afirmou anteriormente à Lusa o dirigente sindical, referindo que uma das prioridades deste caderno é um aumento intercalar dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, "porque os trabalhadores não podem ficar sem qualquer aumento até 2025".

"Nos serviços públicos o que se perspectiva é de abertura de portas ao sector privado" em sectores como a Saúde e a Segurança Social, ou seja, um "desfigurar absoluto da administração pública" que os trabalhadores não podem aceitar, considera o coordenador da Frente Comum.

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