Da camisola mítica à primeira dúvida: a vitória de Villas-Boas em cinco curiosidades

Novo presidente do FC Porto venceu com mais de 80% dos votos. No primeiro dia pós-eleições vai assistir ao jogo contra o Sporting no Estádio do Dragão.

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André Villas-Boas festeja com apoiantes na sua sede de campanha FERNANDO VELUDO / LUSA
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"O FC Porto está livre de novo." A frase da noite foi proferida já perto das duas da manhã por André Villas-Boas, que conquistou uma vitória inédita nas eleições do clube, sucedendo a Jorge Nuno Pinto da Costa, a quem deixou uma palavra de gratidão. "É um momento histórico para o FC Porto e para o futebol português. Queria deixar uma palavra às restantes candidaturas, em especial à de Jorge Nuno Pinto da Costa. Quero deixar o meu agradecimento por tudo o que ele deu ao nosso FC Porto, à vida que deu ao FC Porto e a garantia de que esta é e sempre será a sua casa".

Sobre o futuro, disse que a sua equipa tem ​"uma longa missão pela frente" e "trabalho árduo numa casa que tem de ser estruturada, arrumada e organizada".

Vitória em todas as mesas

André Villas-Boas não venceu só as eleições do FC Porto com mais de 80,28% dos votos — venceu-as também em todas as 44 mesas de voto. Tornou-se assim no 34.º presidente da história do clube, na sequência de uma votação historicamente participada (26.876 sócios fizeram questão de votar). A lista vencedora (B) obteve 21.489 votos. A lista de Pinto da Costa (A) ficou-se pelos 5224 (19,52%). E a C, do empresário e professor Nuno Lobo apenas teve 53 (0,2%).

A camisola da noite

O recém-eleito líder dos “dragões” falou aos adeptos já ao início da madrugada, envergando uma camisola azul e branca histórica. Com o número 13, a camisola foi usada pelo ex-jogador brasileiro Juary, autor de um dos golos da vitória do clube na final da Taça dos Campeões Europeus, jogada em Viena em 1987. Conta o jornal Record que esta era também a camisola de Rui Filipe, um futebolista do clube que morreu num acidente de automóvel em 1994.

Dois anos mais velho do que Pinto da Costa

Pinto da Costa chegou à presidência do FC Porto no dia 17 de Abril de 1982, quando tinha 44 anos (hoje tem 86). O seu reinado de dirigente desportivo é o mais longo do futebol mundial. Nos 42 anos de presidência, Pinto da Costa cumpriu 15 mandatos e, a nível nacional, conquistou 23 títulos de campeão. Quando tomar posse, André Villas-Boas terá 46 anos, mais dois do que tinha o seu antecessor quando chegou à liderança.

Baía deu a cara pela derrota

Não coube a Jorge Nuno Pinto da Costa fazer qualquer discurso de derrota. Quem falou aos sócios na noite de sábado foi Vítor Baía. "Os sócios são quem manda no clube, assim o desejaram. Há que preparar a transição", afirmou. O presidente cessante saiu do estádio já depois das 23 horas, entre aplausos de adeptos do FC Porto e elementos dos Super Dragões, que cercaram a viatura em que seguiu numa demonstração de apoio. A polícia teve de intervir para que o carro pudesse avançar.

A dúvida (desfeita) do primeiro dia

Ditou a coincidência que no primeiro dia do novo presidente acontecesse um jogo entre o FC Porto e o Sporting, no Estádio do Dragão. A dúvida do dia começou por ser saber se André Villas-Boas seria convidado a assistir ao jogo na tribuna presidencial (foi) ou se iria ocupar o seu lugar habitual (vai). Nas primeiras declarações que fez neste domingo, quando estava a sair de casa para "ir buscar o almoço", confirmou que recebeu o convite para ir para a tribuna presidencial, mas acrescentou que pretende assistir ao jogo entre os adeptos.

Nota: Notícia actualizada às 13h10 com a confirmação de que André Villas-Boas assistirá ao jogo no seu lugar habitual.

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