Resistir ao rebranding. Reparar(-se) de verdade

Mais cedo ou mais tarde, surgirá uma diretiva europeia e, pela crescente influência do Brasil (onde este debate tem outro fôlego), a própria CPLP algo terá a fazer.

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Como reparar as sociedades e os milhões de vidas destruídas pelo Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas e pelo colonialismo? E, as suas implicações para a constituição de uma ordem mundial capitalista, assente em desigualdades geopolíticas Sul-Norte? Como reparar o facto de esse tráfico, inigualável a outros sistemas de escravatura, ter levado à construção da ideia de “raça” e do racismo antinegro à escala global, afetando, ainda hoje, a vida de pessoas negras em todo o mundo? É irreparável. Contudo, os herdeiros dessa história têm a responsabilidade coletiva – e não a culpa – de dar os passos possíveis e necessários para reparar o passado. Das heranças não se pode aceitar apenas os benefícios, é também preciso acolher as suas dívidas.

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