Subida da inflação aumenta esperança de retoma na China

Medidas de estímulo lançadas pelas autoridades parecem estar a reduzir risco de deflação e estagnação económica na China. Mas previsão é ainda de crescimento mais lento.

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Inflação na China está a fugir de mínimos CHINA DAILY / REUTERS
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A taxa de inflação na China subiu em Abril pelo terceiro mês consecutivo, aumentando as esperanças de que a maior economia asiática possa estar, com a ajuda dos estímulos lançados pela autoridades, a fugir do risco de deflação e a registar uma recuperação do consumo.

De acordo com os dados publicados pelo instituto nacional de estatísticas chinês, a taxa de inflação homóloga na China subiu de 0,1% em Março para 0,3% em Abril. O resultado fica acima da média de 0,2% das previsões feitas por economistas num inquérito realizado pela Reuters.

A subida da inflação sugere, de acordo com a generalidade dos analistas, que se pode estar finalmente a assistir a uma retoma da procura na economia chinesa, com os consumidores a responderem positivamente aos estímulos que têm vindo a ser lançados pelas autoridades numa tentativa de salvar a China de um cenário de estagnação económica e deflação.

Os principais estímulos estão a vir do banco central que tem vindo a baixar o nível das taxas de juro e a reduzir os montantes que exigem de reservas aos bancos, para que estes possam aumentar a concessão de crédito à economia.

Ainda assim, as ameaças que enfrenta a economia chinesa continuam a ser significativas. A crise no mercado imobiliário chinês, que está a afectar também a capacidade do seu sistema financeiro apoiar a economia, está longe de estar resolvida e os últimos indicadores provenientes da indústria e dos serviços mostram um ritmo de actividade ainda muito lento.

A economia chinesa, depois de duas décadas com taxas de crescimento muito elevadas, que foram as responsáveis pela maior parte da variação do PIB mundial entrou agora, antecipam entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, numa fase de crescimento económico bastante mais moderado, algo que, para além de afectar o desempenho do resto da economia mundial, coloca desafios à China a nível social.

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