Num ano em que todas as previsões falharam, Philip Tetlock ainda acredita nelas

Philip Tetlock, professor universitário e investigador, anda há mais de trinta anos a lidar com a incerteza que caracteriza o nosso mundo. Parte desse percurso científico, dedicado à investigação sobre os métodos de antevisão do futuro na política, na economia ou no dia-a-dia, está plasmado no livro Superprevisões – A Arte e a Ciência da Previsão, cuja edição portuguesa acaba de ser lançada. O lançamento do livro foi também o mote para a conferência A Ciência das Previsões, organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e a Universidade de Lisboa. A surpresa que representou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, contrariando a maior parte das previsões e sondagens, e as particularidades que definem um bom superprevisor nestes tempos de incerteza foram alguns dos temas que passaram pela conversa com o PÚBLICO.