Serviços como Netflix conquistam poucos utilizadores em Portugal

Os utilizadores optam por ver filmes e séries em sites gratuitos e sem anúncios.

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Apenas 2% dos utilizadores de Internet com dez ou mais anos subscrevem o Netflix Reuters/MIKE BLAKE

Os serviços de streaming de vídeo online, como a Netflix e a N Play da NOS, chegaram a Portugal em 2015, mas ainda são pouco utilizados. Apenas 2% das pessoas em Portugal com dez ou mais anos subscrevem ao serviço da Netflix, que permite ver um número ilimitado de séries e filmes na Internet através de uma assinatura mensal. Os dados são de um relatório da Anacom, o regulador das telecomunicações, publicado nesta quinta-feira.

Do universo de utilizadores portugueses do Netflix, a maioria (cerca 75%) acede ao serviço através de aplicações instaladas em aparelhos móveis (tablet ou telemóvel), enquanto 31% utiliza a box de televisão. A penetração dos outros serviços para ver televisão online disponíveis em Portugal – FOXPlay e NPlay – é inferior a 1%.

Entre quem usa a Internet para ver filmes e séries, é mais frequente o recurso a outro tipo de serviços que não os de assinatura paga. Segundo o relatório da Anacom, 47% dos utilizadores de Internet portugueses entre os 15 e os 45 anos consomem filmes e séries online mais do que uma vez por semana. Mas a percentagem que acede a vídeos através de links partilhados em sites (36%) é superior à percentagem dos que utilizam aqueles serviços por subscrição (19%). Os principais critérios para a escolha do tipo de serviço são o acesso gratuito e a inexistência de anúncios.

Apenas 9% dos utilizadores de Internet em Portugal "visualizam conteúdos de vídeo a partir de serviços a pedido". O valor está 12 pontos percentuais abaixo da média europeia de 21%. Dados dos últimos três meses do Eurostat indicam que a Noruega é o país que mais acede a conteúdo de vídeo por subscrição online através do computador, com uma penetração de 54%. Em Espanha, a penetração destes serviços está nos 27%.

Mas no que toca à navegação na Internet, a Anacom revela que o conteúdo a que a faixa etária dos 15 aos 45 mais acede são mesmo sites noticiosos, com cerca de 78% a visitar a revistas e jornais online mais do que uma vez por semana. Grande parte acede ao conteúdo noticiosos directamente a partir do site ou da aplicação móvel, com cerca de um quarto  a aceder à informação através de redes sociais.

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