O Twitter baniu 300 mil contas a defender o terrorismo desde do início do ano

Três quartos das contas problemáticas foram eliminadas antes do primeiro tweet.

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Os pedidos dos governos representaram menos de 1% das contas suspensas pela promoção do terrorismo Reuters/Kacper Pempel

O Twitter eliminou perto de 300 mil contas a defender o terrorismo nos primeiros seis meses de 2017. E 75% das contas (com imagens, nomes de utilizador, ou biografias problemáticas) foram apagadas antes sequer de terem tweets publicados.

A informação surge no 11.º relatório de transparência da organização, publicado esta terça-feira. Este ano, a rede social destaca que existiram menos queixas governamentais devido aos sistemas automáticos implementados.

“Os pedidos dos governos representam menos de 1% das contas suspensas pela promoção do terrorismo durante a primeira metade do ano”, lê-se no comunicado. “Em vez disso, 95% das contas suspensas resultaram dos nossos esforços internos para combater este tipo de conteúdo através das nossas próprias ferramentas.”

No total, desde Janeiro deste ano, a rede social recebeu 1200 queixas de governos sobre este tipo de conteúdo. É um número pequeno, considerando que a rede social diz ter uma média de 328 milhões de utilizadores mensais activos. Em Portugal, não existiram queixas sobre conteúdo a incitar ao ódio (apenas foram enviados três pedidos de informação à rede social). 

Tal como outras plataformas online – por exemplo, o Facebook e o Google – a rede social tem sido alvo de pressão política para eliminar conteúdo ofensivo e de ódio mais rapidamente. Em Junho, a Alemanha aprovou multas até 50 milhões de euros para “discursos de ódio nas redes sociais”.

No caso do Google, as queixas relativas a conteúdo que ameaça a “segurança nacional” são mesmo o maior motivo dos pedidos de remoção por parte de entidades governamentais. Segundo dados da empresa, entre Julho e Dezembro de 2016, o Google recebeu quase dez mil queixas sobre questões de “segurança nacional”.

Com o aumento das críticas sobre o papel das redes sociais na difusão de conteúdo extremista, em Junho, o Facebook, a Microsoft, o Twitter e o Youtube juntaram-se para criar um fórum global para combater o terrorismo online.

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