Com novo Surface, Microsoft apela a quem gosta de desenhar e escrever à mão

O novo computador híbrido da Microsoft tem mais duração de bateria e uma caneta que deverá tornar a escrita e o desenho no ecrã mais naturais.

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A Microsoft tem vindo a desenvolver uma gama de computadores híbridos Reuters/Eduardo Munoz
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Novo Surface Pro promete até 13,5 horas de autonomia Microsoft

A estratégia da Microsoft para vender mais computadores Surface passa por apelar aos artistas e utilizadores que gostam de escrever, ou desenhar, no ecrã como se fosse numa folha de papel, um segmento em que a Apple é tradicionalmente uma marca forte.

A Microsoft revelou o sucessor do Surface Pro 4, esta terça-feira, em Xangai. O novo modelo do híbrido de computador e tablet – sem nome específico ou numeração anexada – destaca-se das versões anteriores por melhorias ao nível do ecrã e do stylus (uma caneta para ecrã táctil).

O objectivo é aproximar a escrita num ecrã da escrita em papel. A nova caneta reconhece 4096 níveis de pressão diferentes (quatro vezes mais que a caneta anterior), com a Microsoft a dizer que traz a “tinta digital mais rápida do planeta”, visto que o tempo de reacção entre pressionar a caneta sobre o ecrã e o registo da tinta é quase instantâneo (cerca de 21 milissegundos).

Tal como o acessório do iPad Pro da Apple, chamado Apple Pencil, a nova caneta da Microsoft também permite novas funcionalidades de sombreamento ao inclinar a caneta sobre o ecrã. 

O novo Surface Pro traz também o Whiteboard, uma nova aplicação que estará disponível para Windows 10 e permite um espaço para um grupo de pessoas criar esquemas e desenhos em conjunto. A Microsoft também criou novas funcionalidades para a caneta que podem ser utilizadas em todas as aplicações do Office 365.

“A escrita digital, à mão, permite o despertar da criatividade”, justifica a directora de produtos e dispositivos Windows da Microsoft Portugal, Joana Vala Pires, ao PÚBLICO. “Passamos imenso tempo a escrever notas e detalhes à mão, e essa escrita que estimula o raciocínio pode e deve passar para o digital.”

Este Surface utiliza processadores de sétima geração da Intel. O aparelho é mais fino, mais leve e tem mais autonomia: com 8,5 milímetros de espessura, 770 gramas e uma bateria que a empresa promete durar até 13,5 horas (mais 50% do que o modelo anterior).

O mercado global dos tablets está em declínio. A analista de mercado IDC registou um decréscimo de 8,5% nas vendas no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, com a Apple (que está no topo da lista de vendas destes aparelhos) a apresentar um decréscimo de 2,3% na quota de mercado. Porém, no relatório, publicado no início do mês, a IDC ressalva que tablets com teclados removível tendem a conseguir mais vendas.

O novo Surface já está disponível para ser encomendado, mas só chegará às lojas no próximo mês.

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