JP-IK dá formação em tecnologias a professores em El Salvador

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Jorge Sá Couto com o emblemático Magalhães Nélson Garrido/Arquivo

A JP-IK, anteriormente conhecida por JP Sá Couto, está a formar professores em El Salvador, país da América Central onde implementou uma linha de produção de 'assemblagem' de equipamentos informáticos, revelou Jorge Sá Couto, presidente da tecnológica portuguesa. "Resulta de um projecto presidencial chamado 'una niña, um niño, una computadora'", acrescentou.

O objectivo do projecto é melhorar a educação do país, tendo como meta que cada criança salvadorenha tenha acesso a um computador na sua escola e que os professores tenham formação para ensinar a utilização das tecnologias de informação. "El Salvador está muito atento ao paradigma da educação e pediu ajuda, dado o papel da JP-IK no seu passado", afirmou o administrador, adiantando que a empresa implementou "a linha de produção de 'assemblagem' [unidade de montagem] de equipamentos informáticos" no país.

Paralelamente, a tecnológica portuguesa está a dar formação a professores salvadorenhos, tendo já 6000 formados, disse. "O contrato específico da linha de 'assemblagem' é de 770 mil dólares [cerca de 710 mil euros, à taxa de câmbio actual)" e tem "um plano de fornecimento de computadores a três anos", acrescentou Jorge Sá Couto, adiantando que a presença da JP-IK naquele país é mais alargada do que este projecto, já que a tecnológica também é responsável pela formação de docentes.

Esta linha de produção em El Salvador foi recentemente inaugurada. "A fábrica está dimensionada para 1000 computadores por mês, acrescentou.

Ainda durante este ano, a JP-IK vai passar para um novo patamar de formação aos docentes, depois de ter ensinado a usar a tecnologia. "Agora os professores vão ter de aprender a dar aulas com tecnologia", explicou.

Até final deste ano, a empresa conta que sejam produzidos e entregues 32.000 equipamentos informáticos a estudantes e professores.

Actualmente, 63% da facturação da antiga JP Sá Couto vem dos mercados internacionais. A América Latina é uma das apostas da tecnológica, estando presente em países como a Argentina, a Venezuela, México ou Uruguai, por exemplo, bem como África, com mercados como a África do Sul ou Angola, entre outros. "Na Venezuela estamos presentes com prestação de serviços, no México tivemos um dos maiores projectos do ano passado e que deverá ter continuidade este ano", exemplificou o administrador e co-fundador da empresa.

Por exemplo, no Uruguai a JP-IK desenvolveu um projecto para séniores e na Colômbia e Peru está a desenvolver um projecto-piloto.

Embora a JP-IK ainda não tenha fechado as contas relativamente a 2015, as expectativas são positivas. "Esperamos um bom ano" relativamente a 2015, nomeadamente com um resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) "mais elevado do que em 2014", disse.

Há dois anos, a tecnológica registou um EBITDA de 19,9 milhões de euros e um volume de negócios de 331,4 milhões de euros. Para este ano, Jorge Sá Couto estimou que "a facturação deve crescer", esperando que a tecnológica seja "mais rentável, continuando como uma empresa de referência em termos internacionais".

Jorge Sá Couto, em conjunto com o irmão João Paulo Sá Couto, criaram em 1989 a JP Sá Couto, sendo que início se dedicava à assistência técnica informática. Em 2008, a empresa tornou-se conhecida pelo programa e-escolinhas (computadores Magalhães), um projeto que foi emblemático no governo de Sócrates, e em 2012 alterou o nome para JP - inspiring knowledge. Actualmente, tem negócios em mais de 80 países.

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