Facebook lança aplicação de realidade virtual

Três anos depois de comprar a empresa de realidade virtual Oculus, a empresa cria uma aplicação para utilizar a tecnologia.

Os utilizadores criam o seu avatar com base na foto de perfil
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Os utilizadores criam o seu avatar com base na foto de perfil Reuters/STEPHEN LAM
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O Facebook Spaces permite falar com amigos em qualquer cenário virtual Facebook

O Facebook Spaces é uma aplicação de realidade virtual que teletransporta os utilizadores da rede social para um universo digital em que têm um avatar (criado com base na fotografia de perfil), podem criar objectos em 3D com um marcador virtual, e uma conversa à beira-mar com os amigos não depende da localização geográfica ou estado do tempo. 

Embora a versão beta da aplicação seja gratuita e esteja disponível para ser descarregada, requer o conjunto de óculos e comandos de realidade virtual da Oculus. É o que a torna diferente de outros programas e websites semelhantes que têm aparecido ao longo das últimas décadas – como o IMVU, Second Life e mesmo o Habbo Hotel – em que os utilizadores criam um avatar, mais ou menos realístico, para viver uma segunda vida num espaço digital.

A proposta de mundo digital do Facebook não se vê de um ecrã: o utilizador consegue entrar nele através dos óculos de realidade virtual da Oculus. Foi lançada durante a décima edição do F8, a conferência anual em que o Facebook apresenta os seus novos projectos e produtos. O maior objectivo da nova aplicação é facilitar um contacto "mais físico" com amigos e familiares que estão longe: “É impossível estarmos sempre fisicamente perto das pessoas de quem gostamos. É ai que entra a magia da realidade virtual”, explica a directora social dos produtos de realidade virtual do Facebook, Rachel Franklin.

A nova aplicação é uma forma de a rede social utilizar o investimento de dois mil milhões de dólares na aquisição na empresa de realidade virtual Oculus em 2014. A promessa de um mundo virtual imersivo foi feita na altura numa publicação de Mark Zuckerberg: “Imaginem ver um jogo directamente da plateia, estudar numa sala cheia de estudantes e professores de todo o mundo, ter uma consulta frente a frente com o médico – apenas ao colocar os óculos em casa".

Apesar do investimento do Facebook no mercado da realidade virtual, Mark Zuckerbeg disse na F8 que a equipa do Facebook está a orientar os seus esforços para a realidade aumentada, para permitir uma fusão entre mundo físico e digital através da câmara do telemóvel, um aparelho que a maioria dos utilizadores do site já tem no bolso.

Por enquanto, as vendas no mercado de realidade aumentada e virtual têm sido diminutas, embora a analista IDC estime que cresçam 181% por ano até ao final da década. No final de 2016, rondavam os cinco mil milhões de euros. 

A aplicação do Spaces, pretende motivar o investimento nesse mercado ao utilizar os controladores e óculus da Oculus para criar uma experiência mais imersiva. 

O objectivo durante a fase beta da aplicação é perceber o que é que os utilizadores querem fazer com o espaço. “Vamos acrescentando novas funcionalidades ao aprender com o feedback que recebemos, e ao explorar o que torna as experiencias sociais em realidade virtual mais significativas,” concluiu Rachel Franklin.

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